Trabalhador corre risco e fiscalização nada vê
Cuiabá, 1’0 horas desta sexta-feira, 27 de abril, na Avenida Tenente-Coronel Duarte (mais conhecida como Prainha), no ponto onde começa a Avenida Getúlio Vargas, região central da cidade.
Um trabalhador sobe numa escada para instalar semáforo para a prefeitura. Desprotegido, sem esquipamentos de proteção individual, executa o trabalho entre um emaranhado de fios.
A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego e a fiscalização do Ministério Público do Trabalho não enxergam aquela situação de risco, incompatível com a dignidade humana e, que numa visão mais ampliada pode ser comparada ao trabalho análogo ao escravo.
Em outros pontos de Cuiabá, funcionários da prefeitura, que podam a vegetação nos canteiros e laterais de ruas, descansam sob viadutos (principalmente no Complexo José Garcia Neto, sobre a Avenida Miguel Sutil, próximo ao terminal rodoviário) após as refeições, que fazem naqueles locais. Cenas recorrentes dessa situação dão cores sombrias à Terra de Moreira Cabral, que está a um passo do tricentenário.
Se o trabalhador no semáforo e os funcionários da prefeitura fossem peões de fazendas e a fiscalização os encontrassem em situações semelhantes às que ocorrem em Cuiabá, o proprietário seria multado e poderia até ser preso. Dois pesos e uma medida.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Dinalte Miranda (Tuiuiú)
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