Governo não negocia e agentes prisionais cruzam os braços
Operação-padrão por tempo indeterminado. Essa a decisão tomada pelos dois mil servidores do sistema prisional mato-grossense, numa assembleia que terminou no começo da noite desta sexta-feira, em Cuiabá. A partir de amanhã (sábado) a decisão entra em vigor.
A operação é uma greve descaracterizada. Ela foi decidida pelo pessoal sindicalizado ao Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen). A manifestação é em defesa de melhorias salarial e de condição de trabalho para os agentes prisionais. Ela, também, foi motivada pela falta de negociação por parte do governo de Pedro Taques.
Com o movimento fica descartada as visitas aos presos em Cuiabá e nos demais municípios. O presidente do Sindspen, João Batista,observou que a segurança das unidades prisionais será mantida, sem prejuízo de agentes nas torres, guarita e na contenção; a distribuição da alimentação não será afetada; e as escoltas somente serão feitas em caso de emergência de saúde. Batista também destacou que a categoria está em estado de greve desde dezembro de 2016.
O afunilamento para a greve disfarçada começou na terça-feira, 17, numa assembleia em que os servidores decidiram prosseguir com a escala normal de serviço até hoje, quando voltariam a se reunir. Enquanto o tempo corria eles esperavam que sua liderança sindical conseguisse agendar uma reunião com o chefe da Casa Civil, Max Russi, para debater a questão. Hoje, na assembleia, Batista lamentou a indiferença do governo às reivindicações. A operação continuará até que haja entendimento entre o Sinduspen e o governo.
EDUARDO GOMES/blogdoeduardogomes
Foto: Sinduspen
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