Boa Midia

Dnit conclui processo para retomar BR-174

Dom Neri (esq.) e Wellington, pela BR-174
Dom Neri (esq.) e Wellington, pela BR-174

O Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) está pronto para lavrar o termo aditivo e o repasse dos recursos para a implementação do Projeto Básico Ambiental Indígena (PBAI) da BR-174 entre Castanheira e Colniza (272 quilômetros). A adoção de um termo aditivo e conta específica estão entre as exigências dos indígenas para a aprovação da rodovia, que vai cortar áreas habitadas por várias etnias.

Segundo o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Luiz Antônio Garcia, isso é resultado de várias audiências com o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e a bancada federal, além de reuniões realizadas com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra), que vai realizar a obra mediante convênio com o Dnit, e os próprios indígenas. “Trata-se de algo inédito. Não havíamos recebido esse tipo de exigência em outras obras já realizadas no Brasil. Por isso, tivemos que consultar a assessoria jurídica do Dnit”, explica Luiz Antônio.

Em fevereiro deste ano, Valter Casimiro, então diretor-geral do Dnit, esteve em Cuiabá, a convite do senador Wellington Fagundes, para tratar dessa questão. Na ocasião, várias lideranças da região reivindicaram a celeridade nas obras de pavimentação da rodovia, considerada fundamental para o escoamento da safra agrícola e o desenvolvimento econômico. Na ocasião, Casimiro se comprometeu a liberar R$ 15 milhões para atender o PBAI.

A partir de então, os povos indígenas serão consultados nos moldes previstos pela Organização Internacional do Trabalho, que prevê o consentimento expresso para qualquer obra de grandes empreendimentos com potenciais impactos sobre as terras indígenas.

A obra faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento e está incluída em um Termo de Compromisso firmado entre a Sinfra e o Dnit. Seis dos quatro lotes já foram licitados e aguardam o licenciamento ambiental para início das obras. O licenciamento foi solicitado junto a Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Para o bispo Neri José Tombello, de Juína, a estrada é o ponto de partida para trazer mais saúde, educação, energia e empregos para a região. “É o caminho da esperança num futuro melhor”, disse. “Essa obra é estratégica para a região e o governo do Estado já perdeu R$ 150 milhões em emendas parlamentares por demora na licitação. A população aguarda ansiosamente”, diz. Segundo ele, o Dnit aguarda a abertura da conta específica, pela Sinfra, para fazer a transferência dos recursos e assinar o termo aditivo.

 

Assessoria com foto divulgação

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies