Boa Midia

Senadores solidários com general Villas Bôas

O general Villas Bôas

O Senado Federal vai enviar voto de solidariedade ao general Eduardo Villas Bôas, o requerimento foi aprovado com apoio de grande número de senadores nesta terça-feira, 7. O documento para o envio do voto foi apresentado pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) no início da sessão, em repúdio às declarações feitas contra o general por Olavo de Carvalho nas redes sociais, que fez referências negativas ao estado de saúde do ex-comandante do Exército, que sofre de uma doença degenerativa.

O ato contou com o apoio integral do senador Wellington Fagundes (PR). Relator setorial do Orçamento de Defesa e Justiça na Comissão Mista de Orçamento, Wellington fez questão de destacar “o caráter, o ser humano, a liderança” do general Villas Bôas. “Dentro das Forças Armadas, o Exército Brasileiro é, sem dúvida nenhuma, a instituição de maior credibilidade do País, e o general Villas Bôas foi sempre um grande líder daquela instituição” – frisou.

No plenário, em pronunciamento, Wellington ainda relatou os feitos de Villas-Boas em favor da Amazônia. “A BR-163 foi um trabalho fenomenal, com a presença do Exército Brasileiro” – disse. Ele citou ainda o projeto Calha Norte como “um grande programa que o Exército brasileiro sempre desenvolveu em apoio àquela região” e que sempre teve o respaldo do general.

“Por isso, estou aqui não só assinando, mas também hipotecando esse voto de solidariedade, neste momento, a uma liderança que está, inclusive resistindo até ao seu problema de saúde, mas mostrando, acima de tudo, seu papel, como líder, em ajudar o Brasil a vencer essa crise” – acentuou.

Villas Bôas sofre de esclerose lateral amiotrófica e apesar da sua condição física exerce o cargo de assessor especial no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Além de Fagundes, outros senadores de diversos partidos repudiaram o que consideram uma agressão ao general. No início da sessão, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Lasier Martins (Pode-RS) e Jorge Kajuru (PSD-GO), já tinham se manifestado. O senador Jaques Wagner (PT-BA) considerou cruel e covarde a agressão de Olavo de Carvalho ao referir-se a um cidadão que sofre de uma doença auto-imune, que depende de balão de oxigênio para respirar.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) lamentou que apesar de há até pouco tempo ser um desconhecido, Olavo de Carvalho tenha ganhado relevância no país. Já a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que ficou perplexa porque, segundo ela, o que se vê nas redes sociais é um embate focado, de uma forma rasteira, com palavras impronunciáveis e criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro diante do episódio.

O senador Major Olímpio (PSL-SP) também pediu qualidade no debate e destacou a colaboração do general Villas Bôas ao governo federal, que, “acometido de grave doença que lhe impõe várias sequelas, ainda acorda todos os dias com a disposição de um cadete com 15 anos de idade”. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) reclamou que uma única pessoa desestabiliza o Governo e o Brasil e pediu ao presidente da República que auxilie o Senado na tarefa de resolver os problemas do Brasil.

Também se manifestaram em solidariedade ao general Villas Boas os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS), que falou ainda em nome do senador Paulo Paim (PT-RS); Eduardo Braga (MDB-AM); Kátia Abreu (PDT-TO); Otto Alencar (PSD-BA); Esperidião Amin (PP-SC); Omar Aziz (PSD-AM); Humberto Costa (PT-PE); e Carlos Viana (PSD-MG)

Assessoria Senado

FOTO: Arquivo

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies