Boa Midia

O novo e o velho na política

Em 12 anos trabalhando em Brasília, sempre atuei no Congresso Nacional, ora como assessor, ora como consultor empresarial. Nos dois casos, atuo nos assuntos relacionados à Agropecuária (minha concentração de estudos) e em campanhas eleitorais. Neste artigo, vou tratar especificamente deste tema, como já disse lá no título.

Atuei em diversas campanhas algumas mais ativamente como a do falecido Deputado Federal Homero Pereira e agora da Senadora Selma Arruda. Quem me conhece, sabe dessa trajetória e sabe também que a minha escolha é trabalhar com candidatos cuja a proposta eu acredito. Modéstia parte, sei bem como atuar, em se tratando de política no Estado de Mato Grosso.

Neste caso, conheço o suficiente para afirmar que na eleição da Senadora Selma Arruda tentaram ganhar no voto, colocando todos os tipos de impugnações e fake news e agora tentam ganhar enredando a Justiça Eleitoral com fatos fabricados e publicados em jornais, atravessando justificativas nunca antes na história de Mato Grosso utilizadas. Não é possível que uma mudança da equipe de marketing no decorrer da campanha seja objeto de cobrança do que pretensamente se teria para receber por serviço prestado, antes da campanha. E pasmem, devidamente pago. Ora, uma campanha tem data e hora para iniciar e para terminar. Nesse período, contrata-se todo tipo de serviço e, se não estiver a contento, troca-se o fornecedor tal qual em uma empresa que precisa funcionar e dar resultados em 45 dias. Foi o que aconteceu!

Muito bem. Valendo-se de um arremedo de contrato e querendo receber mais do que merecia, a agência de propaganda, contrariando a ética profissional, sem falar no péssimo serviço (tanto que a campanha só evoluiu, e muito, depois da substituição da agência), combinou inescrupulosamente com a caterva, que em menos de 10 minutos de protocolizada a ação, já tinha gente de outro candidato chafurdando na articulação mal cheirosa. Tudo combinado, inclusive com setores da imprensa para estampar na primeira página o “furo”! Nada contra a imprensa em geral.

É muito comum e não foi diferente com os potenciais opositores do Senado na época. Todos se valiam de cargos públicos, uns eram deputados federais, o outro era vice-governador. Todos indistintamente já tinham percorrido nos últimos dois anos a totalidade dos municípios de Mato Grosso, muitas vezes com aviões e verbas do Estado (o que é muito grave). Ou, verdade seja dita, fizeram contratações de serviços de preparação antes do período eleitoral (vide matérias em Jornais e sites da época). Era comum vermos matérias “fulano visita município tal”, “sicrano comemora a adesão de X prefeitos para seu partido”, “beltrano avalia pesquisa de intenção de voto” e assim vai.

O que valeu para eles, segundo os advogados, não vale para a Senadora. Ela apenas contratou serviços para analisar as chances de uma pretensa candidatura e um media training. Serviços que qualquer cidadão pode contratar, desde que se pague. E neste caso, os valores foram pagos com cheques de sua conta pessoal.

O circo foi armado quando viram que a vitória da então candidata era certa. E é deste circo que advogados se valem para administrar ações enredando a Justiça Eleitoral. O sistema não ganhou no voto e tenta agora, por meio da justiça, convocar novas eleições para se oferecerem como arautos do povo. Para estes vai um conselho, depois de ter participado de diversas campanhas: Não se iludam. Tudo mudou e o povo sabe o que quer!

Aprendi nesta campanha que o vale-tudo tem limite, que a população não aceita a velha e a velhacaria política, que a população quer quem trabalhe para ela, e por último, que a população quer votar no novo porque o velho ela já conhece!

Helcio Botelho é Economista, Assessor Legislativo o Gabinete da Senadora Selma Arruda e colaborador da Campanha vitoriosa da Senadora Selma Arruda

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies