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Em Mato Grosso falta de UTI tem nome: é Niltão

Em Rondonópolis Nilton Rosa perdeu a luta pela vida por falta de UTI
Em Mato Grosso falta de UTI tem nomes e um deles é Nilton Rosa dos Santos, ou simplesmente Niltão dos Aposentados. Também tem consequência: mata. Isso mesmo. Niltão, servidor público estadual aposentado e presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas da Região Sul de MT foi derrotado na luta contra o coronavírus. Morreu por falta de leito em unidade de terapia intensiva (UTI), em Rondonópolis, onde era uma das figuras mais conhecidas. Ao término da pandemia será possível contar quantos morreram por falta de estrutura hospitalar. Essa é a realidade neste sábado, 20, dia em que o boletim diário da Secretaria de Estado de Saúde aponta que a doença matou 341 em 53 municípios e contamina 9.262 em 122 do 141 municípios mato-grossenses.

Nas últimas 24 horas 19 foram mortos pela doença e 537 novos casos confirmados. Dos 9.262 contaminados, 3.247 se recuperaram, 5.274 se encontram em isolamento domiciliar e 371 estão hospitalizados – com 192 em UTIs e 179 em leitos de enfermarias. A rede pública somente tem UTIs em nove cidades: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Alta Floresta, Juína, Sorriso, Sinop, Cáceres e Barra do Garças. Em duas os leitos são praticamente simbólicos: seis em Juína e dois em Sorriso, no hospital regional ali instalado para atender municípios da região. Há alguns dias os leitos estão ao fio da navalha. Hoje, a taxa de ocupação é de 75% restando 64 leitos vagos, mas com algumas regiões sem um leito sequer no momento.

Não há leitos no Hospital Regional de Sorriso, Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande e no Hospital São Luiz, de Cáceres. Em Rondonópolis, onde Niltão dos Aposentados morreu existem 27 leitos para pacientes com coronavírus sendo 15 na Santa Casa de Misericórdia e 12 no Hospital Regioal – hoje a taxa de ocupação deixa em pânico uma população de 550 mil habitantes em 19 municípios da região, que têm em Rondonópolis a referência em saúde: no Hospital Regional 11 dos 12 leitos estão ocupados (92%), e na Santa Casa, 12 dos 15 leitos (80%).

O coronavírus vírus avança o governador democrata Mauro Mendes não faz praticamente nada para reverter a situação. O mesmo se repete em municípios. Em Rondonópolis, enquanto o Ministério Púbico e a Polícia Civil apuram suposta compra superfaturada de itens para enfrentamento da doença, o prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) distrai a opinião pública com a polêmica da decretação de lei seca e de toque de recolher. Em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) alugou drones pra dedetização

MORTES – A doença matou 341 em 53 municípios. Nas últimas 24 horas Mato Grosso registrou 19 óbitos. Cuiabá com 95 mortes é o epicentro seguido por Várzea Grande (67), Rondonópolis (25), Sinop (17), Pontes e Lacerda (10), Barra do Garças (nove), Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde (oito cada), Cáceres (seis), Confresa e Nova Mutum (cinco cada); Sorriso, Poconé e Chapada dos Guimarães (quatro cada); Tangará da Serra, Alta Floresta, Nossa Senhora do Livramento, Porto Esperidião, Rosário Oeste, Juína e Alto Araguaia (três cada); Colíder, Aripuanã, Campos de Júlio, Alto Boa Vista, Nova Santa Helena e Nova Monte Verde (duas cada); e Campo Verde, Jaciara, Matupá, Sapezal, Guarantã do Norte, Pedra Preta, Vila Rica, Canarana, Vila Bela da Santíssima Trindade, Mirassol D’Oeste, Jangada, Alto Boa Vista, Diamantino, Acorizal, São José dos Quatro Marcos, Dom Aquino, Comodoro, Vera, Juara, Nova Lacerda, Contriguaçu, Vale de São Domingos, Santo Afonso, Jauru, Ponte Branca e Figueirópolis D’Oeste (uma cada). Além dessas mortes, há outras seis, de moradores em outros estados, que foram vítimas da doença em Mato Grosso.

INFECTADOS – Cuiabá tem o maior número de contaminados: 2.402 seguido por Rondonópolis (805), Várzea Grande (738), Primavera do Leste (379), Sorriso (367), Tangará da Serra (337), Lucas do Rio Verde (279), Confresa (270), Sinop (247), Nova Mutum (242), Campo Verde (195), Pontes e Lacerda (162), Barra do Garças (146), Cáceres (125), Alta Floresta (118), Campo Novo do Parecis (108), Querência (100), Nossa Senhora do Livramento (96), Peixoto de Azevedo e Jaciara (88 cada). Matupá (87), Sapezal (82), Guarantã do Norte (80), Pedra Preta (78), Porto Esperidião (74), Tapurah (70, Colíder (68), Rosário Oeste (60), Aripuanã (54), Campos de Júlio (51), Vila Rica (50), Poconé (47), Canarana (43), Chapada dos Guimarães (40), Vila Bela da Santissima Trindade (39), Nova Ubiratã (35), Marcelândia e Água Boa (31 cada), Juína (27), Paranatinga (24), Novo Mundo e Alto Araguaia (23 cada), Poxoréu e Feliz Natal (22 cada), Novo Santo Antônio e Jangada (21 cada), Diamantino (20); Canabrava do Norte, Bom Jesus do Araguaia e Acorizal (19 cada); São José dos Quatro Marcos, Ribeirão Cascalheira, Pontal do Araguaia e Dom Aquino (18 cada); Nova Santa Helena e Comodoro (17 cada), Nobres 16); Vera, Lambari D’Oeste, Juscimeira e Arenápolis (15 cada); Santo Antônio de Leverger (14), Santa Cruz do Xingu e Santa Carmem (13 cada);  Nova Olímpia, Itiquira, Ipiranga do Norte, Guiratinga e Araputanga (12 cada); São José do Povo, Juara e General Carneiro (11 cada); São José do Rio Claro, Curvelândia e Barra do Bugres (10 cada); São Félix do Araguaia, Porto dos Gaúchos, Nova Marilândia e Alto Garças (nove cada); Terra Nova do Norte, São Pedro da Cipa, Porto Alegre do Norte, Nova Lacerda, Cotriguaçu, Conquista D’Oeste e Cláudia (oito cada); Santo Antônio do Leste, Rio Branco e Gaúcha do Norte (sete cada); Vale de São Domingos e Tabaporã (seis cada); Santo Afonso, Nova Maringá, Nova Guarita, Campinápolis e Brasnorte (cinco cada); Santa Rita do Trivelato, Paranaíta, Denise e Alto Paraguai (quatro cada); Nova Xavantina, Nova Monte Verde, Itaúba, Barão de Melgaço e Alto Taquari (três cada); Serra Nova Dourada, São José do Xingu, Rondolândia, Nova Canaã do Norte, Jauru, Itanhangá, Indiavaí e Colniza (dois cada); e União do Sul, Santa Terezinha, Porto Estrela, Ponte Branca, Nova Brasilândia, Nova Bandeirantes, Nortelândia, Luciara, Juruena, Figueirópolis D’Oeste e Castanheira. Há registros de 87 infectados que residem em outros estdados, mas que testaram positivo em municípios mato-grossenses onde há casos da doença.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Álbum de família

 

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