Sem salvador
Quem estiver pensando que as eleições deste ano vão funcionar como uma espécie de panaceia, o remédio para todos os males, sofrerá uma decepção sem precedentes. Maior do que a que tivemos elegendo um candidato que representaria nós, os trabalhadores.
Há questões no país que seguem cursos para os quais não há retrocesso. E aqueles que tentarem mudar os rumos não terão respaldo ou, pelo menos, vão encontrar obstáculos intransponíveis tanto interno quanto externamente.
No caso da ‘resistência externa’, não adianta bradar por todos os cantos e palanques que o Brasil é soberano e que por isso não pode aceitar influências de uma ou de conjunto de nações.
Sabemos que nem a China comunista, tampouco Cuba, conseguem resistir e manter-se em evolução necessária vivendo isoladamente. A globalização chegou e, entendo, é algo que caminha independe desse ou daquele país.
Pior ainda, não há como negar as garantias previstas na legislação relacionada aos Direitos Humanos, por exemplo. São direitos básicos, individuais e coletivos, seja para um pais, um bandido preso por estupro e latrocínio ou para sua vítima.
Claro, essa legislação é aplicada de forma diferente. Ofertar aquele que praticou o crime a punição e condição para cumprimento dessa pena. E para a vítima, liberdade com segurança e atenção necessária ao seu restabelecimento emocional, entre outros.
Para os desavisados, inebriados por promessas impraticáveis, informamos que no Brasil não há pena de morte. E que qualquer mudança nesse sentido depende de uma mobilização geral e alterações na Constituição Federal, a lei maior, algo que não está assim, num passe de mágica, ao alcance de quem quer que seja, nem mesmo do presidente da República.
Podemos até exagerar, depositar no outro uma confiança que sabemos, vai além da capacidade dele, na tentativa de solucionar questões que são afetas à coletividade. São de responsabilidade de cada um dos milhões de cidadãos.
O que não podemos é acreditar que um país com tantos entraves, embaraços de ordem ética, moral, social e cultural, emergirá desse abismo sustentado por um discurso de intolerância.
Pé no chão, chão firme, é o que precisamos. Cada um fazendo a sua parte, respeitando o próximo, não matando, não roubando… Seguindo assim, a lei natural das coisas nos leva a discernir o que é correto do que não é. A não fazer ao outro aquilo que não queremos para nós. Simples assim!
ALECY é jornalista em Cuiabá
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