Boa Midia

RONDONÓPOLIS – Governo Taques não repassa recursos e Santa Casa fecha UTI

 

Taques inaugurando a UTI ora fechada por falta de repasses de seu governo
Agosto 2016 – Taques inaugurando a UTI ora fechada por falta de repasses de seu governo

Um imperdoável crime contra bebês e crianças. Essa frase bem resume a consequência do fechamento da UTI Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, há 13 dias, por falta de repasses do governo Pedro Taques.

Rondonópolis é referência em saúde no seu polo que atende usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) residentes naquele e em outros 18 municípios. A UTI Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia é a pioneira na região e sua inauguração aconteceu em 23 de agosto de 2016, com Taques cortando uma fita simbólica. Sua conquista foi resultado de uma luta que se arrastou por mais de uma década. O funcionamento começou em setembro daquele ano, mas foi interrompido por falta de recursos, uma vez que o governo Taques não repassa o montante mensal de R$ 1.042.500 fundo a fundo, conforme previsto em acordo oficial.

Antes mesmo de entrar em funcionamento a UTI já enfrentava o descaso do governo. Taques não repassou R$ 3.712.693,89 para sua conclusão, conforme compromisso então existente. Para que o montante fosse liberado o promotor de Justiça Ari Madeira Costa pediu o bloqueio judicial do correspondente e a Justiça o atendeu.

O funcionamento depende de recursos do governo Taques, para custeio e manutenção de oito leitos pediátricos; e de sete leitos neonatais, cinco leitos neonatais de cuidado intermediário Canguru, 10 leitos de cuidado intermediário convencional; e de 10 leitos neonatais e 16 leitos de retaguarda pediátrica que existiam antes da inauguração da Ala Pediátrica em agosto de 2016. São 56 leitos.

Completando cinco meses sem receber, médicos rescindiram contratos com a Santa Casa. A equipe de saúde que trabalha na UTI entrou em desespero. Não menos desesperados estão pais de bebês e crianças na região. No longo período da falta de repasses houve apenas uma transferência financeira – creditada em 10 deste mês – de R$ 1,2 milhão da Secretaria de Estado de Saúde ao Fundo Municipal de Saúde, segundo o prefeito Zé Carlos do Pátio. Porém, do total, somente R$ 868.429,36 foram destinados à Santa Casa, que é credora de R$ 5,3 milhões do governo.

O único repasse, de R$ 868.429,36 foi autorizado pelo então governador em exercício, Carlos Fávaro. À época Taques viajava pela China e Alemanha acompanhado de um grande trenzinho da alegria

O governo Taques trata o caso com naturalidade administrativa. Recentemente manchetes em Cuiabá anunciaram que Taques fez um repasse emergencial de R$ 50 milhões para a Saúde nos municípios. O Palácio Paiaguás jogou a toalha reconhecendo que não tem liquidez orçamentária para cumprir seus deveres constitucionais na transferência de recursos aos municípios. Taques espera por um milagre de aporte de recursos orçamentários para equilibrar uma diferença de caixa superior a R$ 700 milhões incluindo duodécimo, fundos etc. Além disso empresários da construção de rodovias esperam em silêncio pelo recebimento de faturas que somariam mais de R$ 300 milhões.

 

INDIGNAÇÃO – Na capa de sua edição deste domingo, 19, o Jornal A Tribuna, de Rondonópolis mantém o placar da vergonha com uma dura cobrança ao governador Pedro Taques,   pela falta de repasses ao hospital da Santa Casa de Misericórdia daquela cidade.

DOR – No dia 8 famílias de bebês e crianças que dependem de atendimento na UTI da Santa Casa protestaram na praça defronte aquele hospital. Para a próxima quarta-feira, no final da tarde está previsto nova manifestação, no mesmo local, pela mesma razão.

 

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Arquivo/Secretaria de Comunicação do Governo MT/Junior Silgueiro

 

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies