Boa Midia

Prefeito sobre fechamento da cadeia: É um crime contra o povo de Aripuanã

 

Jonas Canarinho vai ao governador para tentar reverter a decisão de fechamento
Jonas Canarinho vai ao governador para tentar reverter a decisão de fechamento
Prefeito Jonas Canarinho vai ao governador contra o fim do CDP de seu município

É (o fechamento da cadeia) um crime contra o povo de Aripuanã”. Com essa frase de indignação o prefeito daquele município, Jonas Canarinho (PR) demonstra seu descontentamento e preocupação com o fechamento do Centro de Detenção Provisória (CDP) anunciado pelo governo democrata de Mauro Mendes. Canarinho está em Cuiabá para tratar da questão com o governador, que lhe concede audiência às 16h30, no Palácio Paiaguás.

O prefeito disse que a cidade está em polvorosa com a decisão do governador. Acrescentou que seu município tem 25 mil km², área maior que Israel e, que sua população está em crescimento com a chegada permanente de levas migratórias em busca de emprego num investimento mineral do Grupo Votorantim e também atrás da riqueza dita fácil no garimpo de ouro. O número de moradores, segundo a estimativa de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de  21.987 habitantes, mas Canarinho avalia que em meados deste ano, quando for divulgado os novos números, a quantidade será muito maior.

LOGÍSTICA – O prefeito observa que o fechamento do CDP dará um nó na Segurança Pública. Lembra que o cidadão detido tem que ser levado a audiência de custódia, mas que no caso de Aripuanã esse procedimento ficaria praticamente inviável. O juiz de direito não teria condições de marcar a audiência de custódia imediatamente após a detenção. Em assim sendo, o detido teria que ser conduzido para Juína onde seria mantido preso ate´passar pela audiência de custódia. Marcada a audiência, o mesmo teria que ser buscado em Juína para se apresentar ao juiz. O trajeto de ida e volta em duas viagens tem a extensão 640 quilômetros (distância de Cuiabá a Nova Xavantina via Primavera do Leste e Barra do Garças) em rodovia sem pavimentação. Quanto custará essa logística? Quantos policiais militares a mais precisaremos para que a condução dos detentos seja feita sem prejuízo da nossa segurança ostensiva? Questiona.

“Em Aripuanã está o ouro, onde está o ouro está o dinheiro e bandido vai onde está o dinheiro”, pondera Canarinho em defesa da continuidade do funcionamento do CDP.

O prefeito espera que o governador recue da decisão do fechamento. Na audiência ele fará uma exposição da realidade do município para Mauro Mendes. Na manha desta segunda-feira, 6, Canarinho participou do debate sobre as Novas Fronteiras Econômicas de Mato Grosso, evento promovido na Assembleia Legislativa pela sua presidente interina, Janaína Riva (MDB), onde conversou com blogdoeduardogomes.

Um delegado aposentado da Polícia Civil presenciou Canarinho conversando com o site e fez uma interessante observação: sem o CDP praticamente não será possível a detenção em Aripuanã: caso o detido seja mantido num camburão enquanto se tenta a realização de sua audiência de custódia, sua defesa poderá acionar o Estado e o agente policial por cárcere privado.

ALERTA – O fechamento de 10 cadeias foi revelado em 17 de abril por blogdoeduardogomes, com base em informação de um deputado estadual da base governista. Naquele mesmo dia a Secretaria de Segurança Pública classificou a notícia como boato.

Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes

FOTO: blogdoeduardogomes em 6 de maio de 2019

 

 

 

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies