Os 78 anos de Bezerra na estrada

Carlos Bezerra, o líder do MDB de Mato Grosso completa 78 anos nesta segunda-feira, 4 de novembro.
Nascido em Chapada dos Guimarães, Carlos Gomes Bezerra entrou na vida pública militando no movimento estudantil em Cuiabá.
Pegou gosto pela política e, ainda jovem, se filiou ao PTB. Com a extinção dos partidos e a instituição do bipartidarismo (Arena e MDB) pelos militares do governo de 1964, assinou ficha de filiação ao MDB – carinhosamente chamado de Manda Brasa, mas cujo nome era Movimento Democrático Brasileiro.
Em 1970 Bezerra tentou o impossível para a época: se eleger deputado estadual pelo MDB em Mato Grosso. Não conseguiu. O ambiente cuiabano era extremamente governista.

Quatro anos depois da primeira tentativa, Bezerra chegou à Assembleia Legislativa. Começa ali sua trajetória de poder.
Em 1978 se elegeu deputado federal e foi para Brasília fazer oposição ao governo militar.
Com um olho na Câmara Federal e outro na Prefeitura de Rondonópolis, onde morava, advogava e tinha uma cerâmica, Bezerra aplainou seu caminho e venceu a eleição. Sua vitória, apertada, foi facilitada com a incorporação, pouco antes, do PP, que abrigava ex-udenistas. À época seu partido se chamava PMDB, pois o regime militar exigia que toda sigla foi identificada primeiro pela palavra Partido.
Da prefeitura para o Palácio Paiaguás foi um pulo.
Em 1986 Bezerra deixou a prefeitura ao vice-prefeito Fausto Faria, seu correligionário e se lançou ao Governo numa chapa partidária com o vice Edison de Freitas. Venceu com facilidade.
Em maio de 1990 Bezerra renunciou ao mandato para concorrer ao Senado, sem sucesso. O vice Edison de Freitas o sucedeu. Naquele ano o PMDB teve um pífio desempenho nas urnas em Mato Grosso.
Bezerra não desanimou.
Em 1992 novamente disputou a Prefeitura de Rondonópolis. Venceu fácil. Seu vice foi o peemedebista José Rogério Salles.
Em 1994, o palanque o seduziu mais uma vez e ele se elegeu senador. Para concorrer ao cargo renunciou ao mandato na prefeitura sendo substituído por Rogério Salles.
Em meio ao mandato no Senado, em 1998, Bezerra resolveu novamente sair candidato a senador dobrando com Júlio Campos (PFL), que disputava o Governo. Foi massacrado nas urnas.
Em 2002 Bezerra tentou a reeleição ao Senado, sem sucesso.
Nas eleições de 2006, 2010, 2014 e 2018 se lançou à Câmara Federal tendo sido eleito nas quatro vezes.
No plano partidário Bezerra acumula a presidência do MDB, PMDB e MDB desde tempos imemoriais.
Sua mulher, Teté Bezerra, por duas vezes foi deputada federal e exerceu mandato de deputada estadual, sempre pelo PMDB.
Bezerra é um dos políticos mais velhos de Mato Grosso. Para alguns é uma velha raposa; para outros, hábil articulador. É figura influente no MDB Nacional e sempre pertenceu à sua Executiva. Exerceu cargos comissionados na esfera federal.
Aos 78 anos, dos quais 49 disputando e exercendo mandatos eletivos, Bezerra não dá sinais de cansaço. Faz política 25 horas por dia, todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses, de todos os anos. Idade à parte, por sua disposição, parece que está apenas começando, tamanho seu entusiasmo. A um cidadão assim, so deve desejar VOTOS de vitórias em sua jornada.
Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 – Assessoria MDB Nacional
1 – Arquivo Governo de Mato Grosso
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