O poder e a UFR

A data de 10 de dezembro é muito importante para Rondonópolis, cuja história institucional no âmbito da prefeitura é detalhada nesta série.
A primeira vez em que a data ganhou destaque foi em 1924, quando a Estação Telegráfica local entrou em operação, tendo por seu primeiro chefe Benjamim Rondon; e depois, em 1953, quando da emancipação política.

Com base na cabalística Lei 666, de 10 de dezembro de 1953, de autoria do deputado João Falcão e sancionada pelo governador Fernando Corrêa da Costa, nasceu o município de Rondonópolis, desmembrado de Poxoréu, do qual era distrito desde 26 de outubro de 1938 – data em que Poxoréu ganhou status de município.

Afro e Garcia Neto não estão mais entre nós.

A cidade de São José do Povo e parte daquele município pertenciam a Rondonópolis. A emancipação aconteceu em 4 de julho de 1989, por uma lei de autoria das bancadas do PMDB, PDS e PFL, com sanção pelo governador Carlos Bezerra.

Otacílio Fontoura não está mais entre nós.

Luthero Lopes renunciou em meio a uma crise política e o vice-prefeito e comerciante Lauro Mendes o sucedeu, mas Lauro também caiu e o presidente da Câmara Municipal, pecuarista e sindicalista Antônio Joaquim Alves, o Antônio Abóbora, concluiu o mandato.

Também na capital Castilho presidiu o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Essa migração foi motivada pela política oficial do governo federal sob os bordões “Integrar para não Entregar” e “Terra sem Homens para Homens sem Terra“, e pela busca natural por espaço para a agricultura e pecuária por parte de moradores nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

Em 31 de janeiro de 1972 o farmacêutico e empresário Cândido Borges Leal Júnior, o Candinho, tomou posse na prefeitura.

Em 31 de janeiro de 1977 Candinho transmitiu a faixa de prefeito ao advogado Walter de Souza Ulysséa, que administrou até 31 de janeiro de 1983.

Walter não está mais entre nós. William Moraes, também não.

Barreto cumpriu mandato até 31 de dezembro de 1992.

Alberto foi substituído por Percival dos Santos Muniz, que concluiu o mandato e se elegeu ao cargo em 2000 ficando na administração até 31 de dezembro de 2004.

A cassação foi por crime eleitoral praticado no dia da eleição – distribuição de camisetas temáticas da campanha além do número autorizado pela Justiça Eleitoral.

Ananias foi eleito juntamente com sua vice-prefeita, a jornalista Valéria Bevilácqua de Carvalho, na única eleição indireta para prefeito em Rondonópolis.
UFR – Criada em 20 de março de 2018 pelo presidente Michel Temer, a UFR nasceu com o desmembramento do Campus Universitário de Rondonópolis da UFMT. situado à margem da Rodovia José Salmen Hanze – Zé Turquinho (MT-270) que faz a ligação com São José do Povo e Guiratinga. e integra a malha rodoviária para Tesouro.
A Universidade tem 5 mil alunos, 300 professores, 90 técnicos-administrativos e conta com três institutos, 19 cursos de graduação e cinco programas de pós-graduação em nível de mestrado.
Em 11 de dezembro de 2019 o Diário Oficial da União publicu a nomeação da professora Analy Castilho Polizel enquanto reitora pro tempore da UFR,

EM FAMÍLIA – Marília Salles é mulher de Rogério Salles.

RONDONOPOLITANOS – Entre os prefeitos e vice-prefeitos, somente Ananias e Ubaldo Barros nasceram em Rondonópolis.

Em 2000, preparando uma reportagem para os 500 anos da descoberta do Brasil, ouvi Anfilófio em seu posto de combustível em Itiquira. Anfilófio disse que Melchíades foi cassado por um conjunto de crimes: improbidade administrativa, inadimplência junto a fornecedores da prefeitura e falta de repasse de recursos para a Câmara Municipal.

Melquíades e Anfilófio não estão mais entre nós.

Beda não está mais entre nós.
FORÇA POLÍTICA – O município de Rondonópolis tem 155.538 eleitores – o terceiro maior eleitorado mato-grossense.
Na legislatura em curso na Assembleia Legislativa, quatro deputados são domiciliados naquele município: Nininho (PSD), Sebastião Rezende (PSC), Delegado Claudinei (PSL) e Thiago Silva (MDB). Max Russi (PSL), de Jaciara, no polo de Rondonópolis, é membro dessa legislatura.
Nininho foi prefeito em três mandatos no município de Itiquira. Max Russi foi prefeito reeleito de Jaciara. Humberto Bortolini, irmão de Nininho, é prefeito releito em Itiquira; Alexandre Russi, irmão de Max, é prefeito reeleito em São Pedro da Cipa.

Na Câmara dos Deputados, dos oito integrantes da bancada mato-grossense, dois são rondonopolitanos: Carlos Bezerra (MDB) e José Medeiros (Podemos), e Nelson Barbudo (PSL) é de Alto Taquari.
No Senado, Wellington Fagundes (PL) nasceu e reside na cidade. Na eleição de 2018 Mato Grosso elegeu Selma Arruda (PSL) senadora. Selma residiu e advogou naquela comarca antes de ser juíza do Tribunal de Justiça. No ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral cassou sua chapa por caixa 2 e abuso de poder econômico. Com ela foram cassados seus suplentes Beto Possamai e Clerie Fabiana (ambos PSL).
Quatro ex-governadores são rondonopolitanos.
Carlos Bezerra (1987/90),
Moisés Feltrin (1990).
Rogério Salles (2002).
Blairo Maggi (2003/10).
Feltrin era presidente da Assembleia Legislativa e constitucionalmente assumiu o governo e o exerceu por 34 dias com a renúncia de Edison de Freitas, que sofreu acidente aéreo em Chapada dos Guimarães; Edison governava em razão da renúncia do titular, Carlos Bezerra, que se desincompatibilizou para concorrer ao Senado – e foi derrotado. Rogério era vice-governador de Dante de Oliveira, que entregou o cargo para concorrer ao Senado; Rogério governou oito meses e Dante foi derrotado.
FOTOS:
1 – blogdoeduardogomes
2 a 16 – Museu Rosa Bororo
17 a 21 – Divulgação Prefeitura de Rondonópolis
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