Boa Midia

O Fórum de Cuiabá

No Século passado – década de 70 – foi implantado o Centro Político e Administrativo do Estado Mato Grosso, numa imensa área despovoada, com a certeza de que teríamos um imenso e promissor Estado que seria administrado a partir de uma sede digna do nome. E assim foi implantado o CPA, para onde iniciou o deslocamento de toda a estrutura administrativa do Estado.

Foi uma grande ideia deslocar a administração do Estado que vivia espalhado por diversos prédios no acanhado centro da cidade. E hoje, passados mais de 40 anos, o que temos? Toda a estrutura do Estado e afins estão lá. Entretanto, existem prédios e mais prédios, uns tentando tomar lugar dos outros. Adicionado a um problema grave que persegue a Cidade: a falta de estacionamento. Os edifícios são construídos indiscriminadamente lá e em toda a cidade ao lado de um crescente e contínuo numero de automóveis. Portanto, é preciso contemplar com vagas para carros tudo que for construído para servir as pessoas.

O Fórum de Cuiabá é daquelas obras que precisa ser refeita ou derrubada e construída outra no local. Não vou descrever aqui o que é o referido Fórum, concito, entretanto, você meu caro leitor a fazer uma visita e constatar o que estou dizendo. Sem exagero, fizeram uma planta de como não construir um Fórum e executaram. Dentre tantas coisas que não se prensou para o local de grande fluxo de pessoas foi o estacionamento para automóveis que é pequeno e não atende aos que precisam dos serviços da Justiça. E lá se pode ver carros saindo pelo ladrão ocupando espaços e mais espaços que têm outras destinações.

A OAB/MT – ávida de privilégios – não teve dúvida arrumou, no local, um estacionamento privativo munido de guarda somente para atender advogados. E a população continua excluída dos privilégios que sustenta. Bandeira atual da OAB/MT: refrigeração do prédio, como isto fosse possível e lá comportasse algum acréscimo ou conserto.

Cuiabá é a capital do Estado. Um centro comercial, cultural e de serviços, mas a mentalidade de nossos administradores é de antanho. É preciso vontade política e uma legislação urbana consequente que possa ser executada. Não se pode, numa época que o acesso ao automóvel só cresce, não ter locais para acomodá-los. Insistimos, prédios e mais prédios são construídos sem estacionamento para visitas e para pessoas que precisam dos serviços que eles oferecem. A mobilidade urbana já está e continuará comprometida e, com certeza, se já não estamos, caminhamos em macha batida, para o caos urbano. Quem viver verá!

Renato Gomes Nery é advogado em Cuiabá

rgnery@terra.com.br

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