Boa Midia

Municípios sem Segurança Pública recebem efetivos para as eleições

Governo desloca 1.500 policiais para fora de Cuiabá e prejudica eleitoralmente candidatos ligados à Segurança Pública.

 

Pedro Taques acaba de dar a mão à palmatória ao reconhecer a falta de policiamento nos municípios fora do aglomerado urbano de Cuiabá. Ao mesmo tempo o ainda governador comete um atentado contra a democracia. Isso, por conta do envio de 1.500 policiais da capital para outras cidades, visando garantir a realização das eleições nos lugares onde a presença da Segurança Pública é simbólica.

O governo de Pedro não investiu o suficiente para melhorar a Segurança Pública nos municípios, principalmente nos pequenos e médios. Diante disso teve que deslocar efetivos para essas localidades, para garantir a realização do pleito eleitoral. A decisão de enviar contingentes é o que se chama de coberta peleja – quando cobre os pés,deixa a cabeça a descoberto e vice-versa.

Os policiais mandados para fora de Cuiabá não votarão, o que se constitui em fato gravíssimo se visto pelo aspecto democrático das eleições, que devem traduzir o pensamento coletivo. Essa decisão também fere eleitoralmente os candidatos identificados com o setor da Segurança Pública, principalmente policiais civis e militares que disputam cargos de deputado federal e deputado estadual.

A realidade da falta de efetivo fora de Cuiabá surge com toda clareza quando o governo reconhece a necessidade de enviar efetivos para municípios fora do aglomerado urbano.  Esse deslocamento reduz a presença policial na capital e Várzea Grande, o que em tese coloca em risco a população das duas maiores cidades mato-grossenses.

Que os policiais deslocados cumpram bem o papel que lhes é reservado e que a população que os recebe reflita sobre tal situação, pois após o pleito todos retornarão para a capital deixando o vazio do Estado para trás.

Aguardemos até a próxima segunda-feira, para sabermos se as diárias de todos os policiais foram pagas, porque até a tarde da sexta-feira,quando muitos deixavam Cuiabá, a Secretaria de Segurança Pública ainda não havia creditado a eles o valor correspondente.

Que haja paz no pleito. Que a normalidade institucional prevaleça e que o Brasil tenha lucidez suficiente para escolher o melhor nome para a Presidência, e que o mesmo aconteça em Mato Grosso no tocante ao governo, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado.

 

Eduardo Gomes é editor de blogdoeduardogomes

FOTO: Ilustrativa

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