Mulheres são prefeitas em 11,9% das cidades brasileiras
Em Mato Grosso 14 mulheres administram seus municípios; em 2013 eram 19.
Enquanto 4.908 homens administram cidades no Brasil, apenas 662 mulheres têm a mesma função – e a participação delas caiu em 2017. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (5) o Perfil dos Municípios Brasileiros.
Em 2017, ano em que novos prefeitos tomaram posse, 88,1% dos prefeitos do Brasil eram homens, e 11,9%, mulheres. O percentual da participação feminina era maior em 2013, quando atingiu 12,1%.
Entre as regiões brasileiras, o Nordeste tem a maior presença de prefeitas, que governam 16,3% de seus municípios. Em 2013, o percentual era de 16,5%.
No Norte do Brasil, 14,7% das cidades eram administradas por prefeitas em 2017, um aumento em relação a 2013, quando havia 12,7%. Nesse dado, o estado de Roraima se destaca com 33,3% de mulheres prefeitas.
Os menores percentuais estão no Sul (8%) e no Sudeste (8,8%). No Centro-Oeste, 13,3% dos municípios têm mulheres à frente de sua gestão.
O Espírito Santo é o Estado do Brasil onde as mulheres estão menos presentes nas prefeituras, ocupando apenas 5,1% das vagas. No Rio Grande do Sul, as mulheres governavam 6,8% das cidades em 2017.
A pesquisa mostra que, em relação a 2001, a presença feminina nas prefeituras praticamente dobrou. Naquele ano, o Brasil tinha 6% de prefeitas.
Todas as regiões apresentam crescimento na participação feminina se a comparação for em relação a 2001, ano em que o Norte tinha 8%; o Nordeste, 8,7%; o Sudeste, 4,5%; o Sul, 2,9%; e o Centro-Oeste, 7,1%.
Vinicius Lisboa – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Presença feminina em Mato Grosso
Em Mato Grosso 16 prefeitas tomaram possem em 1º de janeiro de 2017. Em Planalto da Serra a prefeita perdeu o mandato por crime de abuso econômico na campanha eleitoral; em Denise, a prefeita teve o mandato cassado por suposta improbidade administrativa. Considerando-se o quadro atual, com 14 mulheres, houve encolhimento na direção feminina em cinco prefeituras no comparativo com a eleição de 2012, quando 19 chegaram às prefeituras. Lucimar Campos/DEM (foto), em Várzea Grande administra o maior município mato-grossense. A melhor votação proporcional entre as mulheres foi a de Sandra Crozetta (PROS) com 3.491 votos ou 78,96% em Juruena.
Lucimar recebeu 95.634 votos ou 76,16%. Ela chegou à prefeitura em 2015 – por decisão judicial e com sua vitória se mantém no cargo por mais quatro anos.
Luciane Bezerra (PSB) recebeu 8.808 votos ou 55,74% e será a primeira prefeita de Juara. Seu adversário Pedro Cobo (PRB) conquistou 6.994 votos ou 44,26%. Luciane foi deputada estadual pelo mesmo partido na legislatura anterior: é casada com o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), que também foi prefeito de Juara.
Em Sinop, o quarto maior município de Mato Grosso, pela primeira vez uma mulher conquista a prefeitura. A empresária Rosana Tereza Martinelli(PR) recebeu 23.981 votos ou 39,55%. Rosana foi vice-prefeita do município.
Em Castanheira a enfermeira Mabel de Fátima Milanezi Almici foi reeleita pelo PT que a elegeu em 2012. Nessa eleição recebeu 2.690 votos ou 60,6%.
Thelma de Oliveira (PSDB) venceu a eleição em Chapada dos Guimarães com 5.110 votos ou 44,64%. Thelma é viúva do ex-governador Dante de Oliveira (PDT/PSDB).
Em Alto Paraguai a dentista fluminense Diane Vieira (PSDB) foi eleita com 2.699 votos ou 51,66%.
O pedido de registro de candidatura do prefeito Geraldo Ribeiro (PSDB) de Carlinda foi indeferido.Carmem Martines (DEM) recebeu 4.034 votos e venceu a disputa; a Justiça Eleitoral considera vitorioso com 100% da votação o candidato que disputa a eleição sozinho ou tendo adversário sub judice.
Em Cocalinho, na divisa com Goiás, a tucana Dalva Peres, de tradicional família naquele município, venceu a eleição com 2.122 votos ou 58,17%.
A médica Eliane Lins da Silva (PV) venceu a eleição em Denise com 2.708 votos ou 61,73%.
Em Nova Brasilândia Mariuza Augusta de Oliveira, a Marilza (PMDB) venceu com 1.816 votos ou 63,5%.
A advogada Beatriz de Fátima Sueck, a Bia (PMDB) volta novamente a ser prefeita de Nova Monte Verde, município que administrou entre 2001 e 2004.
Bia recebeu 2.085 votos ou 50,92% e venceu Renato Zanella (PSDB) por 74 votos. Renato cravou 2.011 votos ou 49,1%.
Numa disputa familiar em Nova Santa Helena, Terezinha Guedes Carrara (DEM) recebe 1.531 votos ou 54,89%. Ela vence Roque Carrara (PMDB) que alcançou 1.258 votos ou 45,11%. Dois detalhes: Terezinha será a primeira prefeita daquele município que foi instalado em 1º de janeiro de 2001. Terezinha e Roque são cunhados. Ele foi prefeito em dois mandatos consecutivos (2001-08). Ela foi derrotada para prefeita na eleição anterior.
A advogada potiguar Janailza Taveira Leite (SD) venceu a eleição em São Félix do Araguaia com 2.908 votos ou 59,87%.
Em Torixoréu Inês Coelho Mesquita (PP) assumiu a prefeitura. Ela disputou a eleição porque seu marido e então prefeito Odoni Coelho (PSB) teve a candidatura indeferida.
A médica Eliane Lins da Silva (PV) venceu a eleição em Denise com 2.708 votos ou 61,73% e seu mandato foi cassado por suposta improbidade administrativa. Fora do cargo Eliane recorre. O vice-prefeito assumiu a prefeitura.
A tucana Angelina Benedita Pereira foi reeleita prefeita de Planalto da Serra com 885 votos ou 43,73%. A Justiça Eleitoral cassou seu mandato e de seu vice-prefeito Marcos Antônio Sampaio Rodrigues (PHS), por crime de abuso de poder econômico – deram dentaduras a eleitores em pagamento de votos. Em eleição suplementar marcada para 28 de outubro deste ano, será eleito o novo prefeito; até lá, o presidente da Câmara responde pela administração do município.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTOS: Arquivo
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