Ex-presos na Operação Pacenas declaram apoio a Pedro

Em nota a Assessoria de Imprensa do PSDB de Mato Grosso divulga que o empresariado do setor da construção pesada declara apoio à candidatura do governador Pedro Taques à reeleição. O texto cita entre os apoiadores o presidente do Sindicato da Indústria de Construção Pesada (Sincop), José Alexandre Schultze.
Ao divulgar o apoio a assessoria tucana não diz que Schultze e outros 10 empresários e servidores municipais em Cuiabá foram presos pela Polícia Federal no dia 10 de agosto de 1009, quando da deflagração da Operação Pacenas, que desbaratou um esquema empresarial para atuação nas obras de saneamento financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a capital e Várzea Grande, por meio do Consórcio Cuiabano, que era formado pelas empresas locais Concremax, Três Irmãos, Gemini e Lumen. Pacenas é a sigla invertida de Sanecap – a extinta Companhia de Saneamento da Capital.
A prisão dos empresários atingiu em cheio a cúpula empresarial de construção pesada e construção civil que presta serviço ao governo e prefeituras.
O grupo que foi preso na Operação Pacenas tem muita afinidade com o governo de Pedro, que à época era senador pelo PDT:
O prefeito à época, Wilson Santos (PSDB) é deputado estadual e pré-candidato à reeleição, e foi secretário de Cidades no governo Pedro.
Carlos Avalone, preso na Operação Pacenas, é sócio da Três Irmãos, suplente de deputado estadual tucano, candidato a deputado estadual e foi secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Pedro.
José Rosa, preso na Operação Pacenas, é advogado e coordenador jurídico da campanha de Pedro. Esse cargo, embora divulgado pela mídia, somente deverá se efetivar com a convenção tucana no dia 5 de agosto.
Schultze, à época da prisão presidia o Sincop.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Arquivo Agência Senado
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