Boa Midia

Encontro nos Jardins

Ao longo da vida se faz muitas amizades. Algumas são para sempre e outras passageiras pela própria dinâmica da vida. Outras se foram para a eternidade.

O Aluísio um amigo de infância faz festa todas as vezes que nos encontramos. O Manoel, o Valdemir, o Walmir, o Luiz, o Zé Luiz, o Túlio, o Juarez, o Hélcio, a Luisiana e tantos outros que não consigo enumerar, tenham certeza que eu os tenho na mais alta conta. O Paulo um amigo de longa data que eu encontro sempre e promete aparecer no escritório para tomar aquele saudoso Whisky, mas nunca aparece. O Fábio e a Beatrice meus queridos colegas de faculdade, também, marcam e remarcam visitas, mas não dão as caras. O Geraldo que está sempre disponível e eu em falta com ele. O Brigadeiro que adia todos os convites dele e os meus. Enfim, aos amigos tudo se faz e a tudo se perdoa.

A vida prossegue. Os laços que unem os amigos são para sempre. Tentei engatilhar novamente com alguns afastados, mas a coisa não engrena. Existe uma tentativa de alguns amigos de internato para que nos encontremos. Foi feito um encontro onde apareceram 10 e existe uma promessa de outros encontros que eu aguardo ansiosamente.

Meus caros e estimados amigos de hoje, de ontem e de sempre, recuso-me aceitar que não consiga reatar muitos laços do passado com o presente. Como não depende somente de mim, o tempo vai passando inexoravelmente e encurtando a distância com o fim. Enfim, esta é uma vã uma tentativa, empreendida por Machado de Assis: atar a duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência.

Insisto, os amigos são para sempre. A vida seria estéril e sem sentido sem eles. Daí o meu mais profundo apreço a todos eles. A minha porta continua aberta e recebê-los constituirá um grande prazer. Um apelo: não deixem que o último encontro ocorra num velório nos Jardins!

P.S. Quanto tempo, pois é quanto tempo/Me perdoe a pressa/É a alma dos nossos negócios/Qual não tem de que/Eu também só ando a cem/Quando é que você telefona/Precisamos no ver por aí/Pra semana eu prometo talvez nos vejamos/Quem sabe/Quanto tempo pois é/Quanto tempo…. (Sinal Fechado – Paulinho da Viola).

Renato Gomes Nery – advogado em Cuiabá e ex-presidente da OAB/MT
rgnery@terra.com.br

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