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Cesariana na primeira gestação aumenta risco de depressão pós-parto

Futura mamãe numa suíte de parto adequado em Cuiabá
Futura mamãe numa suíte de parto adequado em Cuiabá

CUIABÁ – O Brasil possui a segunda maior taxa de cesáreas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Hoje, 57% dos partos são feitos por via cirúrgica, enquanto a taxa recomendada pela OMS é de 15%. É sabido que as cesarianas podem trazer alguns efeitos negativos para o bebê, agora uma pesquisa da Universidade de York, na Inglaterra, indica que a cirurgia também abala a saúde mental das mães de primeira viagem e aumenta o risco de depressão pós-parto.

A pesquisa acompanhou cinco mil mulheres que passaram por cesariana emergencial – necessária por risco de morte da mãe ou do bebê – na primeira gestação, entre os anos de 2000 e 2002. Como resultado, o estudo concluiu que as mães submetidas à cirurgia correm risco 15% maior de desenvolver depressão pós-parto, na maior parte das vezes associada a sensação de perda de controle e expectativas não correspondidas.

De acordo com a diretora técnica e pediatra do Hospital Infantil e Maternidade Femina, em Cuiabá, Fernanda Pigatto, a cesariana é um recurso importante que, em momentos críticos, pode salvar vidas, mas envolve riscos físicos e psicológicos que devem ser considerados, por isso, sempre que possível, o mais indicado é o parto normal.

“Um acompanhamento médico correto desde o início da gravidez reduz os riscos durante a gestação e aumenta as chances de um parto normal sem intercorrências. Estamos investindo cada vez mais em oferecer uma estrutura adequada e acolhedora e todas as informações que permitam à mulher vivenciar a experiência do parto normal com conforto e segurança”, completou.

 

Foco na humanização do espaço

 

A médica destaca que a Femina integra o Projeto Parto Humanizado, realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em parceria com o Ministério da Saúde. Dentro dessa política de estímulo ao parto normal, o hospital possui duas suítes especiais para parto adequado, individualizadas e totalmente adequadas aos mais altos padrões de qualidade. Fernanda Pigatto destaca que, atualmente, a utilização das suítes pode ser solicitada pelas gestantes sem cobrança de taxas adicionais.

Nas suítes, as gestantes tem acompanhamento integral de uma equipe multidisciplinar e contam com diversos recursos que auxiliam durante o trabalho de parto normal como cromoterapia, que envolve o relaxamento da mulher por meio de luzes tranquilizantes, banheira, música ambiente e bolas fisioterápicas que estimulam a dilatação do colo uterino.

Nesta modalidade a gestante pode se locomover durante o trabalho de parto e não precisa ficar em uma única posição durante todo o processo, participando de todas as decisões que envolvem o nascimento do bebê. Durante todo o processo, as mamães podem ser acompanhadas por familiares ou cônjuges e também por profissionais externos de sua escolha, como doulas ou fisioterapeutas, por exemplo.

A Femina conta ainda com um Centro Obstétrico completo e UTIs Neonatal e Adulto, com equipamentos de ponta e equipe qualificada para dar total suporte para as mães e crianças. “Quando falamos do momento do parto, falamos da realização do sonho de muitas famílias. Por isso, a nossa proposta é garantir melhorias contínuas na qualidade assistencial e na segurança do atendimento aliada sempre à humanização e o acolhimento que sempre fizeram parte da cultura da Femina” concluiu a diretora do hospital.

 

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