CENTENÁRIO – Chico Guarnieri quer infraestrutura para memorial às vítimas da Coluna Prestes

Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes
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Um espinho na memória coletiva. Assim foi a passagem da Coluna Prestes por Mato Grosso e em especial por Barra do Bugres em 20 de novembro de 1926. Para registrar e não para comemorar ou reverenciar o fato, o deputado estadual Chico Guarnieri (PRD), defende a urbanização no entorno do memorial erguido à margem do rio Paraguai, naquela cidade, em respeito às vítimas dos comandados por Prestes, e a construção de um museu abrangente para a história daquele município.

O memorial, construído pela prefeitura e inaugurado em 20 de novembro de 1995, simboliza um barrense com uma espingarda na mão. A obra tem forte apelo democrático e simbolismo nacional, mas precisa de melhor condição de acesso e infraestrutura em seu entorno para tornar-se atrativa ao turismo. Nascido naquela cidade, Chico Guarnieri era jovem, quando a prefeitura o construiu, e sempre sonhou em pavimentar uma ampla avenida para acessá-lo, uma praça, playground, quiosques, bancos para contemplação, iluminá-lo e construir um museu compacto para detalhar a passagem da coluna, mostrar a história do município e região na exportação de ipecacuanha – a poaia – e no extrativismo do látex em seringais nativos, além de focalizá-lo por seu protagonismo  no Programa Nacional do Álcool (Proálcool).

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O deputado acredita que seu antigo sonho será realizado em 2026, ano do centenário da passagem da coluna. Para tanto, acionará o governo estadual por meio das secretarias de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), e se preciso for, destinará emenda parlamentar para a obra, que no entendimento dele deverá contar com apoio da prefeitura e do empresariado da região.

A urbanização na área do memorial e a construção do museu criarão condições para que Barra do Bugres tenha um grande atrativo turismo para seus 30 mil habitantes e  para turistas de Mato Grosso, de outros estados e do exterior.

MEMÓRIA – Os moradores nada puderam fazer diante da Coluna Prestes com seus homens portando fuzis, granadas, pistolas e metralhadoras. Enlutada e em prantos a população de Barra do Bugres sepultou seus 15 filhos homens assassinados pelos seguidores de Luiz Carlos Prestes – o ex-tenente do Exército e líder comunista da coluna que levava seu nome.

Além de sepultar os mortos a população de Barra do Bugres ainda curou os ferimentos de muitos de seus filhos. Como se não bastasse, os moradores passaram muitos anos amparando as moças e mulheres que foram estupradas em praça pública pelos comunistas.

Barra do Bugres chorou sua gente morta, estuprada e pisoteada pelos comunistas de Luiz Carlos Prestes.

Os guerrilheiros de Luiz Carlos Prestes chegaram à então vila em 20 de novembro de 1926. Depois das execuções e de outros crimes bárbaros, esse grupo cruzou o rio Paraguai. A Coluna Prestes  levou um pedaço da alma de Barra do Bugres.

Os comunistas avançaram para a Bolívia – onde se exilaram – pouco mais de 200 quilômetros distante daquele lugar. Seguiram viagem montando em animais tomados à força dos moradores, não sem antes sacrificarem a tropa que utilizaram até ali, para que estes animais não fossem utilizados em sua perseguição.

Contra Luiz Carlos Prestes e seus sanguinários seguidores o município de Barra do Bugres ergueu à margem direita do rio Paraguai, em sua área urbana, um memorial aos seus 15 filhos assassinados – todos nominados em mármore.

A obra de arte que mostra a indignação de Barra do Bugres foi inaugurada em 20 de novembro de 1995. É memorial e alerta contra o endeusamento do sanguinário Luiz Carlos Prestes.

Fotos:

1 – Assembleia Legislativa

2 – blogdoeduardogomes;com.br