Boa Midia

Bolsonaro e Chapéu Preto ameaçam o plano da esquerda

Ódio. Satanização do Estado e do empresariado. Rancor. Mágoa. Isso e muito mais é o que se vê no dia a dia brasileiro. O atentado sofrido pelo deputado federal e candidato a presidente Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, não foi um ato isolado: é um dos dentes da engrenagem que tenta transformar o Brasil numa ditadura comunista nos moldes da Coreia do Norte.

Se na tentativa de assassinar Bolsonaro, seu esfaqueador Adélio Bispo de Oliveira fosse contido com emprego de força física por seguranças, a mídia encabrestada diria que  a truculência direitista teria espancado um humilde militante esquerdista, vinculado umbilicalmente com o PSOL, ao qual foi filiado entre   maio de 2007 e dezembro de 2014. Porém, Adélio não sofreu um arranhão sequer, seus direitos são assegurados e ele se encontra encarcerado, preso em flagrante por tentativa de homicídio e à disposição da Justiça mineira.

Evidentemente que a faca cravada no intestino de Bolsonaro também feriu a democracia, que é forte e sempre ganha mais força a cada tentativa de destrui-la. Porém esse ato abominável colocou – e continua colocando – em risco a vida de um cidadão. Trata-se de um duplo atentado: contra o regime e o ser humano.

As investigações sobre Adélio Bispo de Oliveira não podem ficar na superficialidade. É preciso apurar sua relação com o PSOL. Seria ele um lobo solitário sem vínculos formais com aquele partido, mas a seu serviço?  Esse criminoso teria sido ‘escalado’ para matar um homem plenamente identificado com os princípios democráticos, o que para uns seria seu atestado de reacionário? O Brasil clama por resposta imediata, clara, isenta e com a seriedade que o momento sugere.

Em outra dimensão, mas perfeitamente análogo ao atentado sofrido em Minas por Bolsonaro, em Mato Grosso boa parte da mídia pardal – que cobre fatos políticos e até de outras naturezas, entre o Trevo do Lagarto e o Coxipó da Ponte – é generosa em fabricar ameaças de atentados contra a Irmã Leonor Brunetto, que lidera a Comissão Pastoral da Terra (CPT) neste berço de Rondon e que atua na calha do Teles Pires entre Nova Guarita, Peixoto de Azevedo e adjacências.

Incontáveis vezes a imprensa pardal noticia que a religiosa estaria jurada de morte, que sofreria atentado e poderia estar a um passo do mar de sangue que pecuaristas  teriam preparado para ela. Invariavelmente em meio ao noticiário o nome do fazendeiro Sebastião Neves de Almeida, o “Chapéu Preto”, é citado na condição de figura ameaçadora ao trabalho da religiosa.

A grande bandeira para as supostas ameaças que estariam rondando a religiosa é a Gleba Gama, em Nova Guarita, onde Chapéu Preto é criador de gado numa propriedade, que a exemplo de milhares de outras Mato Grosso afora enfrenta problema agrário por falta da segurança jurídica que o Estado – na maior abrangência possível – nega em conceder, pela incompetência do Incra e do Instituto de Terras (Intermat).

Os mesmos jornalistas que pintam ameaças e criam a imagem da freira ameaçada não foram capazes de noticiar que ao invés de Irmã Leonora Brunetto, quem sofreu atentado foi Chapéu Preto. Isso mesmo. Em 12 de outubro de 2005 ele foi atingido no abdome por um tiro de calibre 22, quando vistoriava uma invernada em sua fazenda. A Polícia Militar prendeu quatro homens ligados ao MST:  Saul Jeferson do Nascimento, Gleiderson Cristiano Shimeng e Regivaldo Ferreira Pinheiro. A vítima reconheceu Regivaldo. Todos, absolutamente todos, estão em liberdade.

O atentado sofrido por Chapéu Preto é um fato antigo, que a cada dia mais e mais se perde na galeria do tempo. A imprensa pardal não o cita, muito embora seja generosa em recapitular ameaças que a Irmã Leonora Brunetto teria sofrido desde a época em que houve a tentativa de assassinar aquele fazendeiro.

O noticiário cita o episódio Bolsonaro, mas o faz sem o aprofundamento necessário sobre o PSOL. Um fato de tamanha gravidade – pelo esfaqueamento em si e por sua palpável tentativa de esfacelamento da força política contrária aos interesses da esquerda – não pode ser tratado com a ótica de quem somente enxerga do umbigo para baixo.

Chapéu Preto e Bolsonaro – cada uma em sua área de atuação – representam risco para os que querem transformar o Brasil numa Coreia do Norte sul-americana. Quem sabe até onde vai a máquina criminosa que pode estar por trás do acidente com Eduardo Campos? Do assassinato de Celso Daniel e de tantos outros crimes.

Que o Brasil reflita sobre isso neste 7 de Setembro da nossa Independência. Pensemos na força de nosso voto, que é nossa arma, e não deixemos que ele outorgue mandatos aos que vivem à sombra do radicalismo de esquerda. Pensem nisso!

 

Eduardo Gomes de Andrade é editor de blogdoeduardogomes

FOTO: Arquivo

 

 

 

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