Assembleia Legislativa não tem saída de emergência
Um pequeno detalhe que pode transformar a Assembleia Legislativa de Mato Grosso numa nova Boate Kiss, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul – de trágica memória. O único acesso aberto aos visitantes não tem saída de emergência.
A Assembleia terceirizou sua portaria, onde foram instaladas quatro catracas eletrônicas. Em caso de incêndio o visitante e até mesmo o servidor ficará perdido, pois não há indicativos de locais para saídas de emergência, e o que é pior – nem as próprias.
Boa parte das paredes divisórias da Assembleia foi construída em gesso – material de fácil combustão. Com três pisos, corredores relativamente estreitos e escada para acesos aos andares superiores, a sede do Legislativo Estadual é considerada de alto risco – em caso de incêndio – para seus membros, servidores e visitantes.
Na composição da legislatura com 24 cadeiras há profissionais da área de segurança, que até mesmo por formação deveriam questionar essa situação: o deputado Delegado Claudinei (PSL) é delegado da Polícia Civil; o deputado Elizeu Nascimento (DC) é sargento da Polícia Militar e o deputado João Batista (Pros) é agente penitenciário. Também na legislatura há três técnicos formados em profissões ligadas à segurança da construção civil, que podem se manifestar sobre essa situação: o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM) é engenheiro eletricista; e os deputados Sebastião Rezende (PSC) e Carlos Avallone (PSDB) são engenheiros civis.
COLETIVO – O que se verifica na Assembleia é comum em muitos prédios públicos em Cuiabá, sem que o Corpo de Bombeiros Militar consiga interditar os mesmos.
Redação com blogdoeduardogomes com foto de 25 de junho de 2019
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