Irmã Adelis, Anjo de luz
Os motores dos tratores ainda fumegavam após a abertura da clareira para fundar Vera, no Nortão, quando Irmã Adelis ali chegou em 1972 pelas mãos do colonizador da região, Ênio Pipino.
Ali, Irmã Adelis iniciou a ímpar trajetória humanitária no Nortão cuidando de doentes, onde a malária e as balas das armas de fogo matavam implacavelmente a ponto de surgir a máxima popular, “aqui se morre de bala ou malária, ou ainda de balária”.
Adelheid Helena Schwaenen era o nome civil dessa religiosa alemã da Ordem Missionária do Santo Nome de Maria. Em 1985, mudou-se para Matupá, também no Nortão, onde fundou o Hospital da Malária.
Irmã Adelis foi bálsamo, consolo e enfermeira de milhares de garimpeiros e dos moradores do Nortão vítimas da malária, a doença tropical transmitida pela fêmea do mosquito anofelino.
Enferma e muito debilitada, Irmã Adelis foi para Maringá no Paraná.
Fechou os olhos em 24 de fevereiro de 1998.
Na terra Irmã Adelis foi anjo de luz. Ao fechar os olhos virou estrela. Brilha no céu.
Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes – também foto
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