Percorrendo as capitais às custas do contribuinte, que afinal é quem paga tudo, Arthur Lira (PP/AL) desembarcou nesta sexta-feira, 8 de janeiro, em Cuiabá, para se reunir com os colegas que apoiam sua candidatura para suceder Rodrigo Maia (DEM/RJ) na presidência da Câmara dos Deputados.
Falando o que seu apoiadores bolsonarianos queriam ouvir, Lira jurou por São Cristóvão, que todos os dias reza pela duplicação da BR-163; por São Agronegócio sustentou com fé que a defesa intransigente da Lei Kandir ditará o tom de sua presidência; e tocou com sutil firmeza na questão do licenciamento ambiental. Fonte ligada às assessorias de deputados informaram que o candidato temeu abrir fogo em defesa do corte zero legalizado por licenciamento, porque lhe disseram que o Curupira costuma aparecer em Cuiabá – principalmente na primeira sexta-feira do ano – e aplica severa surra em que defende a derrubada do Cerrado e da Floresta.
Dos oito votos da bancada de Mato Grosso na Câmara, Lira teria como certeiros, quatro. O apoiam em nome do chefe Bolsonaro: o coordenador da bancada, Neri Geller (PP), Nelson Barbudo (PSL), Dr. Leonardo (SD) e José Medeiros (Podemos).
Dentre os parlamentares que receberam Lira, Juarez Costa (MDB), que é correligionário do outro candidato a presidente, Baleia Rossi (SP). Mesmo assim, Juarez participou da reunião, duplamente protegido: pela máscara, contra o coronavírus, e pelo sigilo do voto, pra cravar Lira, dependendo do que conversarem ao pé do ouvido.
ELEIÇÃO – O regimento da Câmara estabelece que a eleição para a mesa diretora tem que acontecer até 2 de fevereiro, mas não define data. Rodrigo Maia também não a anunciou.
Mato Grosso não teve presidente da Câmara. Mas o senador Filinto Müller presidia o Senado, quando morreu num acidente aéreo em Paris, em 11 de julho de 1973, data em que comemorava 73 anos.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Assessoria de Neri Geller – Divulgação