Com seis folhas salariais atrasadas e o 13º, também, os 800 funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá enfrentam dificuldades e, muitos recebem doações de cestas básicas – sem as quais não teriam condições de alimentares suas famílias.
A Santa Casa é o caos. Ninguém sabe ao certo o que se passa naquela instituição, que ora está parcialmente fechada, por falta de recursos financeiros necessários ao seu funcionamento e pagamento de funcionários.
A direção da Santa Casa acusa a prefeitura pelo caos. O troco é na mesma moeda.
Ninguém sabe quanto a Santa Casa recebeu em emendas parlamentar federais e estaduais nos últimos meses. Ninguém sabe quanto o SUS lhe repassou. Ninguém sabe quanto ela recebeu em doações.
Ninguém sabe quanto é o custeio da Santa Casa. Ninguém sabe quem são seus funcionários burocratas e quanto ganham – muito menos se há parentesco entre eles e figuras de sua direção.
Mato Grosso espera que o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal investiguem essa situação.
Mato Grosso espera que o Ministério Público do Trabalho apure a situação.
Mato Grosso espera que o governo estadual, a Assembleia Legislativa, a bancada federal a prefeitura e a Câmara Municipal de Cuiabá tomem as devidas providências.
Mato Grosso espera que o Conselho Regional de Medicina se pronuncie.
Mato Grosso espera que o sindicato dos médicos e o dos enfermeiros se pronunciem.
Com o caos instalado a Santa Casa suspende atendimento de pacientes – inclusive da oncologia infantil – e leva seus funcionários a situação degradante análoga ao trabalho escravo.
A situação da Santa Casa tem que ser passada a limpo. Este caso tem que sair da esfera administrativa e entrar no campo policial, com inquéritos instaurados pela Polícia Federal e a Delegacia Fazendária – cada uma em sua área específica.
Que algo seja feito antes que essa instituição bicentenária seja banida de Cuiabá no ano de seu tricentenário.
Redação com foto em arquivo