CUIABÁ, 30 DE MAIO – Éder Moraes é condenado a 10 anos e 8 meses em regime fechado pelo juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Cuiabá. Foi a segunda condenação de Éder e ambas pelo mesmo magistrado: em 13 de novembro de 1015 ele recebeu uma pena de 69 anos e 3 meses de prisão. Somadas, as duas penas chegam a 79 anos e 11 meses. O condenado recorre de ambas.
Éder foi secretário de Fazenda e da Secretaria Especial da Copa (Secopa), chefiou a Casa Civil e exerceu outros cargos importantes nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa.
A primeira condenação resulta de uma ação penal originária da Operação Ararath, que apurou um complexo esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, que teria movimentado R$ 500 milhões nos últimos anos, através de bancos piratas tendo no epicentro o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, que se tornou delator e devolve dinheiro aos cofres públicos.
O pagamento teria sido feito graças ao envolvimento do procurador do Estado, já aposentado, João Virgílio do Nascimento, apesar de parecer contrário da Procuradoria Geral do Estado, que detectou anomalia no montante e o considerou inflado.
Alex e Kleber Tocantins foram condenados a 14 anos em regime fechado.
Éder e os Tocantins alegam inocência.
João Virgílio foge da imprensa mais do que diabo da cruz.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Josi Pettengill/Arquivo