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2017 – Éder Moraes sofre segunda condenação

Éder numa solenidade com Silval Barbosa e outras autoridades
Éder em solenidade com Silval  e outras autoridades

CUIABÁ, 30 DE MAIO Éder Moraes é condenado a 10 anos e 8 meses em regime fechado pelo juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Cuiabá. Foi a segunda condenação de Éder e ambas pelo mesmo magistrado: em 13 de novembro de 1015 ele recebeu uma pena de 69 anos e 3 meses de prisão. Somadas, as duas penas chegam a 79 anos e 11 meses. O condenado recorre de ambas.

Éder foi secretário de Fazenda e da Secretaria Especial da Copa (Secopa), chefiou a Casa Civil e exerceu outros cargos importantes nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa.

A primeira condenação resulta de uma ação penal originária da Operação Ararath, que apurou um complexo esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, que teria movimentado R$ 500 milhões nos últimos anos, através de bancos piratas tendo no epicentro o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, que se tornou delator e devolve dinheiro aos cofres públicos.

A mais nova condenação decorre de um esquema que teria lesado o governo em 2009 quando Éder era secretário de Fazenda e teria articulado o pagamento de uma dívida que a Companhia de Saneamento de Mato Grosso (Sanemat) tinha com a empresa Hidrapar Engenharia. O montante pago, de R$ 19 milhões, foi inflado – segundo a sentença – para que Éder abocanhasse R$ 5,25 milhões e o escritório de advocacia Tocantins, dos irmãos Alex e Kleber Tocantins, embolsasse R$ 12 milhões. Em resumo a credora recebeu R$ 1,75 milhão e o restante, R$ 17,25 milhões foram para o ralo da corrupção.

O pagamento teria sido feito graças ao envolvimento do procurador do Estado, já aposentado, João Virgílio do Nascimento, apesar de parecer contrário da Procuradoria Geral do Estado, que detectou anomalia no montante e o considerou inflado.

Alex e Kleber Tocantins foram condenados a 14 anos em regime fechado.

Éder e os Tocantins alegam inocência.

João Virgílio foge da imprensa mais do que diabo da cruz.

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTO: Josi Pettengill/Arquivo

 

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