Negócios afastam Botelho de candidatura a prefeito
A escolha do candidato a prefeito em Várzea Grande pelo grupo do senador democrata Jayme Campos, nas eleições do próximo ano está na estaca zero ou quase isso, porque o secretário municipal de Educação, Sílvio Fidélis, insinua que seu nome está à disposição. Mesmo faltando mais de um ano para o pleito, em todos os municípios os partidos começam a se movimentar pensando na próxima eleição. Naquela cidade, os aliados de Jayme trabalhavam com a possibilidade de lançarem o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), mas em conversas com companheiros ao longo dessa semana, Botelho deixou claro que não disputará a sucessão da prefeita e sua correligionária Lucimar Campos.
Claro que a decisão de Botelho é política, mas ela tem um viés empresarial. O presidente da Assembleia responde direta e familiarmente por um grupo de empresas que explora concessão e realiza obras públicas municipais, que o impede de entrar na disputa eleitoral naquele município.
Em Várzea Grande, Botelho tem concessão de transporte coletivo, cata entulhos, pavimenta avenidas, atua na área de energia e presta outros serviços. Caso fosse prefeito teria que abrir mão desse gordo faturamento, o que seria prejudicial empresarialmente. O cargo além de afastar seu grupo empresarial ainda deixaria na mira do Ministério Público e da oposição as empresas dirigidas por seus parentes.
A fonte que fez essa revelação acrescentou que Botelho teria revelado que seria mais fácil se eleger prefeito em Várzea Grande do que em Cuiabá, onde seu nome surge entre os prováveis candidatos. Sobre seu interesse de disputar ou não a prefeitura da capital, Botelho teria feito silêncio.
Redação – blogdoeduardogomes
FOTO: Maurício Barbant – Assembleia Legislativa
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