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Inflação oficial acelera puxada por alimentação e transporte

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerado uma prévia da inflação oficial no Brasil, subiu 0,54% em março, uma aceleração em relação a fevereiro, quando a taxa ficou em 0,34%. Segundo o IBGE, é a maior variação para o mês de março desde 2015, quando a taxa registrou aumento de 1,24%. No ano passado, a taxa no mês foi de 0,10%.

No trimestre, chamado de IPCA-E, o índice acumula alta de 1,18%, acima dos 0,87% registrados de janeiro a março do ano passado. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 4,18%, acima dos 3,73% do período anterior.

Apresentaram deflação os grupos artigos de residência (-0,23%) e comunicação (-0,19%). As maiores altas foram em alimentação e bebidas (1,28%) e transportes (0,59%). Somados, os dois grupos corresponderam a cerca de 80% do índice do mês

Entre os produtos que impactaram a inflação, destaque para o feijão-carioca, que teve alta de 34,56% em fevereiro e subiu 41,44% em março. A batata-inglesa também registrou aceleração no preço, com 12,39% em fevereiro e 25,59% em março. Já o tomate, que teve queda de 20,32% em fevereiro, subiu 16,73% este mês.

No grupo dos transportes, o impacto veio da passagem aérea, que subiu 7,54%, e do etanol, com alta de 2,64%. A gasolina subiu 0,28%, depois de três quedas seguidas. O reajuste das tarifas dos ônibus urbanos foi de 0,73%. Os ônibus intermunicipais registraram queda de 0,27%, influenciada pela redução média de 3% no valor das passagens no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o reajuste médio foi de 6%, e em Curitiba de 5,88%.

No grupo habitação, que apresentou alta de 0,28% em março, o item energia elétrica subiu 0,43% e o gás encanado 1,75%. A queda de 0,19% em comunicação foi causada pela redução de 1,86% no preço dos aparelhos telefônicos e de 0,50% na tarifa do telefone fixo.

Regionalmente, apenas Belo Horizonte não registrou aceleração no índice de inflação. A maior alta foi na região metropolitana de Fortaleza (0,92%) e o menor resultado foi registrado em Salvador (0,29%).

O IPCA-15 foi calculado com preços coletados de 13 de fevereiro a 15 de março de 2019 e comparados com os valores de 16 de janeiro a 12 de fevereiro de 2019, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba e nas cidades de Brasília e Goiânia.

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro

FOTO: Ilustrativa

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