Governo indiferente ao risco de ponte cair na BR-163
Eduardo Gomes
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Em 23 de dezembro o deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) fez um pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa alertando que a ponte sobre o rio Peixoto de Azevedo, na rodovia Belém-Brasilia (BR-163), no limite dos municípios de Peixoto de Azevedo e Matupá estaria colocando em risco os seus usuários. Transcorridos 12 dias nenhuma providência foi adotada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Dnit e a concessionária Via Brasil, que administra a Cuiabá-Santarém, no trecho de 1.009 km entre Sinop e a vila de Miritituba, de Itaituba, no Pará.
O deputado revelou que teria recebido denúncias do comprometimento das estruturas da ponte, que iria fiscalizá-la no começo deste nês janeiro, e que cobraria, de imediato, providências para o caso.
Diego fez um duro alerta sobre a ponte, mas não citou que a mesma passou por reforma estrutural entre o final de 2022 e março de 2023, com a obra executada pela empresa cearense Edro Engenharia, contratada pela Via Brasil.
A reforma aconteceu em razão dos problemas apresentados pela ponte entre os anos de 2018 e 2022. Em parte desse período o trânsito fluía somente em um sentido e a travessia dos pesadões à noite foi suspensa.

A ponte tem 210 metros de extensão e foi inaugurada em 1996 pelo então governador Jayme Campos, cujo governo a construiu, o que aposentou uma balsa de fazia a travessia atendendo não somente o trânsito da Cuiabá-Santarém, mas, sobretudo, a movimentação entre Matupá (margem esquerda) e Peixoto de Azevedo (margem direita); as duas cidades são próximas e quase formam uma conurbação.
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À época da inauguração o trânsito de curta distância superava o fluxo de longa distância. A movimentação maior ficava por conta de camionetes e motos que faziam o vaivém de milhares de garimpeiros que trabalhavam nas das margens do rio Peixoto de Azevedo.
A movimentação rumo ao Pará era pequena, com caminhões trucados transportando entregas de grandes distribuidoras para o comércio varejista à margem da rodovia e nas cidades do percurso, por caminhões com mudanças, ônibus, utilitários e automóveis.
Com a estruturação do porto de Miritituba, no rio Tapajós, boa parte da safra mato-grossense de commodities agrícolas passou a ser exportada por aquele porto e a Belém-Brasília tornou-se um corredor de exportação.
SILÊNCIO – Sem ação por parte das autoridades competentes e diante do silêncio da Imprensa, a ponte permanece sob o tapete e caso se repita em Mato Grosso o que aconteceu na Belém-Brasília, na ponte sobre o rio Tocantins, na divisa de Tocantins com o Maranhão não será mera coincidência, mas sim, negligência.
Será que o governo federal vai esperar a ponte cair, para depois agir?
Fotos:
1 – Arquivo
2 – Vargas De Losor
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