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Fraude em cadastro ambiental rural fecha cerco sobre Fávaro

Fávaro, então secretário da Sema, falando sobre CAR
Fávaro, então secretário da Sema, fala sobre CAR

Uma investigação do Ministério Público teria descoberto um crime com sério impacto no meio ambiente em Mato Grosso, na  emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), no período em que seu titular foi o então vice-governador Carlos Fávaro. Preliminarmente  teriam sido descobertos 650 casos. Em razão disso, o MP teria pedido à Vara Especializada do Meio Ambiente (Vema), prisões de servidores ligados ou suspeitos de ligação com a fraude na emissão, e também a prisão de Fávaro, O pedido teria sido feito ontem, 22, e promotores aguardam a decisão judicial, sem prejuízo do curso dos trabalhos investigativos com cruzamento de dados e outros procedimentos de praxe.

Fávaro deixou a Sema e renunciou ao cargo de vice-governador; é presidente regional do PSD e candidato ao Senado. Em sua chapa, o segundo suplente é José Lacerda (MDB), que também foi secretário da Sema.

A fonte dessa informação é ligada ao MP e hoje acrescentou mais detalhes sobre a investigação, inclusive do pedido de prisão de Fávaro, avaliando que a decisão do magistrado acatando ou não o pedido, deverá acontecer nesse final de semana, antes da homologação de seu registro de candidatura, o que impediria seu encarceramento por tal acusação, já que contaria com blindagem da legislação por ser postulante oficial a cargo eletivo.

A primeira informação chegou ao blogdoeduardogomes em 27 de julho. Naquela data o site postou a matéria abaixo, que pode ser acessada por seu título no sistema de busca. Na segunda-feira, 13 deste agosto, a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) deflagrou uma operação na Sema, prendeu quatro servidores por suspeita de fraudes na emissão do CAR e cumpriu mandatos de busca e apreensão de documentos. A operação foi acompanhada por promotores,

 

DANOS – O sério impacto no meio ambiente ficaria por conta da emissão irregular do documento, o que manteria os produtores rurais e pecuaristas que os receberam fora do crivo das sanções ambientais, o que em outras palavras seria uma salvo-conduto para que continuem explorando suas áreas, por força do CAR. A fonte não fala em números, mas acredita que seriam milhares de hectares, levando-se em conta o perfil da área média das propriedades rurais mato-grossenses.

 

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTO: Em arquivo do Gabinete de Comunicação do Governo

 

 

 

 

(Matéria postada em 27 de julho deste 2018)

MP investigaria Fávaro por crime ambiental

 

Fonte segura com trânsito junto ao Ministério Público garante que o Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco) faz um pente fino em liberações de licenças ambientais para construção de hidrelétricas e desmatamento concedidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Tal procedimento – avalia a fonte – deverá atingir em cheio o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e poderá inclusive respingar no governador tucano Pedro Taques.

Fávaro foi secretário de Meio Ambiente entre abril de 2016 e dezembro de 2017, mas  mesmo antes de exercer o cargo e após transferi-lo a André Torres Baby teria influência sobre aquela secretaria, que era considerada um de seus nichos administrativos no rateamento do poder entre Pedro e aliados.

A força de Fávaro na Sema deixou de existir em abril deste ano, quando de sua renuncia ao cargo de vice-governador.

O levantamento que o Gaeco estaria conduzindo seria abrangente. Em curso haveria uma linha de investigação que poderia desembocar numa relação nada republicana de Fávaro com empresários beneficiados por atos de sua autoria ou por ele determinados. A apuração, acrescenta a fonte, poderia ter desdobramentos no campo político, pois não estaria descartada um suposto aporte financeiro empresarial – desembolsado em parte – para a campanha do ex-vice-governador ao Senado pelo PSD coligado com o Democratas do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, que é pré-candidato ao governo.

A informação não dá detalhes, mas partiu de uma autoridade sem vinculação partidária. Nos próximos dias poderá ser deflagrada uma operação com nome associado a represamento ou geração de energia. Porém, oficialmente, não há nenhuma investigação em curso contra a Sema ou Fávaro.

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTO: Twitter de Carlos Fávaro

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