EXCLUSIVO – Pivetta aceita convite de Mauro Mendes para ser seu vice
Mauro Mendes ao governo com Pivetta de vice. Essa é a chapa sonhada pelos dois e que depende de alguns entendimentos de cúpula entre os partidos que costuram uma coligação de oposição com a participação de figuras que foram importantes para a vitória de Pedro Taques (PSDB) ao governo em 2014. Nesta terça-feira, 24, em Cuiabá, no ato do Democratas para o lançamento das pré-candidaturas de Mauro ao Palácio Paiaguás e de Jayme Campos ao Senado, Mauro disse que quer Pivetta em sua chapa, mas que a sacramentação passaria pelos aliados. Por telefone, Pivetta respondeu no mesmo tom. Confirmada essa dobradinha será reprise da mesma tentativa em 2010.
No ato do Democratas Mauro insistiu na tecla da crítica no campo administrativo a Taques, mas poupou o senador republicano Wellington Fagundes, pré-candidato ao governo. Além disso, se defendeu daquilo que chamou de ataques nas mídias sociais ao seu grupo empresarial, que teria sido pintado de maneira pejorativa e mentirosa. O ponto alto de sua fala foi sua citação sobre a chapa que gostaria de encabeçar, tendo Pivetta – a quem chamou de “meu amigo” – de vice. Porém, o pré-candidato ponderou que a formação da dobradinha teria que ser discutida com correligionários e aliados.
Após o ato, por telefone, Pivetta disse que “o projeto para Mato Grosso tem que ser conduzido por Mauro” e que defende sua candidatura a governador. Sobre aceitar ou não ser companheiro de chapa, Pivetta afirmou que aceitaria sim, mas que antes teria que conversar com Zeca Viana, o presidente regional de seu PDT, e com companheiros.
Pivetta não estava em Cuiabá. No seu regresso, antes do final de semana, Mauro e ele deverão oficializar a chapa – avalia Pivetta -, que aparentemente não sofre resistência interna. Caso isso aconteça será a repetição da mesma dobradinha que em 2010, com Mauro (PSB) ao governo e Pivetta (PDT) de vice, disputou o Paiaguás e que foi batida em primeiro turno por Silval Barbosa (à época PMDB).
Mauro falou sobre aliados, mas sem citar partidos ou nomes. Um repórter lhe perguntou sobre apoio do MDB. O pré-candidato admitiu que ele e outros membros do DEM trataram de assuntos políticos com o deputado federal e presidente do MDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, mas que uma aliança entre eles ainda não foi decidida.
SENADO – Jayme Campos discursou enquanto pré-candidato ao Senado. Salientou que em Brasília, caso eleito, não será porta-voz desse ou daquele segmento econômico, mas sim, porta-voz de Mato Grosso. Analistas entenderam essa citação como recado ao deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que é pré-candidato a senador e que em suas entrevistas sempre dá conotações de sua ligação com o agronegócio, principalmente após ter presidido a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Jayme desconversou sobre a composição de sua chapa, mas observou que terá uma solução conciliadora para a escolha de um dos suplentes. Segundo ele, o deputado federal Adilton Sachetti (PRB) e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) disputam o direito a uma das candidaturas ao Senado na aliança que apoiará Mauro. “Convidarei para ser meu suplente o que for preterido”, resumiu.
CONVENÇÕES – No dia 4 de agosto o DEM e seus aliados realizarão convenção. Somente naquela data será definido o nome do candidato ao Senado para que a coligação tente conquistar as duas cadeiras que estarão em disputa. O nome do candidato a vice-governador aparentemente está definido, a julgar pelo entendimento entre Mauro e Pivetta.
EX-ALIADOS – Todos os componentes da mesa que dirigiu os trabalhos do DEM foram aliados de Taques na campanha que o elegeu governador em 2014 – Taques é pré-candidato à reeleição.
Participaram da mesa: Fábio Garcia, deputado federal e presidente regional do DEM; Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa; Adriano Silva, suplente de deputado estadual; Júlio Campos, ex-governador e ex-senador; e os pré-candidatos Mauro e Jayme.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 – Arquivo Marcos Bergamasco
2 – Youtube em arquivo
Comentários estão fechados.