Em entrevista Lúdio reafirma pré-candidatura a estadual e não quer coligação com Wellington
Lúdio Cabral, petista e pré-candidato a deputado estadual foi um dos entrevistados nessa quarta-feira, 11, no programa Amplo, geral e irrestrito, apresentado ao vivo pelo TV Cuiabá canal 47, pelo jornalista Enock Cavalcanti e com a participação de Eduardo Gomes na bancada.
Médico da rede pública, Lúdio falou com conhecimento de causa sobre o sucateamento e a precariedade da saúde pública em Mato Grosso; citou que pacientes procuram atendimento até fora do Estado, denunciou o desabastecimento de medicamentos e lamentou o caos em que se encontra a administração estadual.
Além de criticar o governo, Lúdio fez mea culpa pelas alianças que seu partido alinhavou com grupos do PR e do antigo PMDB (agora MDB). Nesse contexto ele disputou o governo em 2014 numa dobradinha que tinha Teté Bezerra (PMDB) na composição de sua chapa enquanto candidata a vice-governadora.
Com apenas um deputado estadual – Valdir Barranco – Lúdio avalia que o PT cumpre bem seu papel oposicionista na Assembleia, mas que a atuação de seu companheiro é sufocada pelo quantitativo (outros 23 parlamentares que compõem a legislatura) e por setores da mídia.
Sobre coligação do PT com o PR do senador Wellington Fagundes, virtual candidato ao governo, Lúdio discorda, mas tendo o cuidado em dizer que seu partido é formado por correntes com pensamentos diferentes, que são pacificados na esfera partidária competente, que decide por votação interna. No entendimento dele, o ideal seria a candidatura partidária da professora Edna Sampaio ao governo, numa coligação com o PSOL, PCdoB e outras siglas de esquerda.
Sereno, Lúdio não aceita o rótulo de puxador de votos, nem sem tratado como se fosse uma espécie de Enéas (Meu nome é Enéas!), o seu colega médico que elegeu uma bancada federal pelo Prona, por São Paulo. Mesmo assim, ele reconhece que a votação que espera receber deverá contribuir para o fortalecimento da presença do PT na Assembleia.
Na disputa ao governo em 2014 a chapa Lúdio/Teté recebeu 472.507 votos (32,45%) e foi vencida em primeiro turno pelo governador Pedro Taques (à época PDT e agora PSDB) com o vice Carlos Fávaro (PP e mais tarde PSD) – com 833.788 votos ou 57,25%; Fávaro entrou em rota de colisão e renunciou – foi o primeiro caso de renúncia de vice-governador no país.
Enéas disputou a Presidência em 1989, 94 e 98 – marcou presença nacional com seu bordão, que era tudo que o escasso tempo de TV lhe permitia, Em 2002, Enéas disputou a Câmara Federal cravando 1.573.642 votos, o que assegurou a eleição pelo quociente eleitoral para seus cinco correligionários que concorreram ao cargo: Amauri Gasques (18.421 votos), Irapuan Teixeira (673), Elimar Damasceno (484), Ildeu Araújo (382) e Vanderlei Assis (275).
Da Redação
FOTO: Vanessa Moreno
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