Wellington pede paz política ao neto de Roberto Campos indicado para o BC

“Temos uma crise política e uma crise econômica, juntas. Qual crise vamos resolver primeiro?”. O questionamento foi apresentado pelo senador Wellington Fagundes (PR) ao indicado do governo Jair Bolsonaro para a presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante encontro esta semana, no Senado . O relato da conversa com Roberto Campos Neto foi feito durante sessão, na última sexta-feira, 15
Ante a resposta do economista, Wellington foi taxativo: “Temos que resolver a crise política”. E acrescentou: “Temos que ter a paz política”. Com experiência de seis mandatos como deputados federal e agora senador, Wellington lembrou que outros momentos o Brasil enfrentou crise política e em outra crise econômica. Desde o mandato passado, o Brasil vive duas crises acumuladas.
Wellington citou como exemplo o conflito que se estabeleceu entre o filho do presidente Bolsonaro, e o chefe da Secretaria Geral de Governo, Gustavo Bibbiano. Carlos Bolsonaro afirmou que Bebbiano estava mentindo. “Tudo isso leva a uma instabilidade” – acentuou. Por outro lado, citou o exemplo da eleição no Senado, cujo presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apesar da idade, tem demostrado, segundo ele, grande capacidade de articulação política. “O senador Davi traz para nós uma nova luz” – comentou.
“Eu acho que os técnicos da economia, seja técnico de qualquer área tem a sua competência, a sua formação, mas tem que ter a visão de que nós da classe política estamos aqui representando a população para fazer o equilíbrio, o equilíbrio da Nação e principalmente esta Casa que é a Casa da moderação, a Casa revisora tem ainda esse papel fundamental” – frisou.
Roberto Campos Neto será sabatinado no próximo dia 26 na Comissão de Assuntos Econômico (CAE), juntamente com outros dois indicados para diretorias do banco. Wellington relatará a indicação de João Manoel Pinto de Melo para a diretoria Organização do Sistema Financeiro. Outro indicado é Bruno Serra Fernandes para a Diretoria de Política Monetária.
Wellington destacou, durante pronunciamento, as qualidades do indicado para a presidência do Banco Central e da sua hereditariedade. Ele é neto de Roberto Campos, ex-senador por Mato Grosso e um dos fundadores do Banco Central do Brasil. O senador lembrou a época em que Roberto Campos percorreu Mato Grosso em campanha, após deixar a Embaixada do Brasil em Washington, Estados Unidos. Contou sobre o acidente aéreo e também o calor de 38 graus.
Redação com Assessoria
FOTO: Pedro França – Agência Senado
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