Vereador quer submeter todos os servidores a exames toxicológicos

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

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Todos sob suspeita. Exatamente isso. Um vereador em Novo Horizonte do Norte quer submeter os servidores da prefeitura a exames toxicológicos

O vereador Jurelino Monteiro Caldas (UPB) colocou todos os servidores da Prefeitura de Novo Horizonte do Norte sob suspeita e anunciou que apresentará um projeto de lei obrigando os servidores municipais a se submeterem a exames toxicológicos a cada 20 dias – no mínimo, segundo ele.

A proposta do vereador assustou os 3.267 habitantes do município, basicamente formada por antigos moradores e que se conhecem muito bem. O projeto de Jurelino será apresentado numa cidade onde não há registro de crimes motivados pelo consumo de drogas, nem prisões por alterações comportamentais e não se ouve falar em ação de facções criminosas

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O município, na comarca de Porto dos Gaúchos e no polo de Juara, tem a menor área territorial e a menor população do Nortão. O anúncio da proposta do vereador tornou-se público diante da reação do ex-prefeito de Novo Horizonte do Norte, Agenor Evangelista da Silva, que rebateu o vereador pelas redes sociais e num site regional.

No primeiro momento a fala do vereador intranquilizou servidores e seus familiares, pois todos sentiram que seus direitos estariam sendo feridos, por uma ação intempestiva. Porém, lideranças locais asseguraram que se o projeto for apresentado a Câmara o rejeitará.

Em Cuiabá, o diretório do União Brasil, partido pelo qual Jurelino foi eleito, tem conhecimento do fato. Atravessando um momento de fusão com o PP para a oficialização da Federação União Progressista Brasileira (UPB) o partido aguardará para tomar as providências cabíveis, uma vez que a proposta atenta contra a dignidade dos servidores municipais de Novo Horizonte do Norte.

Jurelino é biólogo da Empaer, tem 59 anos, nasceu em Chapada dos Guimarães e disputou três eleições para vereador. Em 2004, pelo PSDB, ficou na suplência. Em 2020, pelo Democratas, repetiu a suplência. No ano passado, pelo União Brasil, recebeu 86 votos ficando em 16º lugar para a legislatura com nove cadeiras, mas chegou ao plenário em razão da cassação do vereador Nelson José Gonçalves, o Kiko (União), por falha contábil na prestação de contas de uma campanha anterior .