Lucas do Rio Verde abriu na segunda-feira (24) o Show Safra Mato Grosso, grande feira de exposição e tecnologia rural que termina no dia 28. Com 36 anos de emancipação e 92.256 habitantes, Lucas é o oitavo município mato-grossense em população e um dos maiores produtores mundiais de soja, algodão e milho. Acompanho a trajetória de Lucas, que nasceu para liderar no agronegócio. Em 21 de fevereiro de 1997 no Centro de Tradições Gaúchas Sentinela da Tradição, presenciei a solenidade que abriu a safra nacional de grãos, quando o município apresentou seu cartão de visita ao Brasil.

Coube ao ministro da Agricultura, o senador mineiro Arlindo Porto, fazer o lançamento da safra nacional de grãos 1996/97. O ato começou na fazenda Munaretto e prosseguiu no CTG Sentinela da Tradição. Participaram também o governador Dante de Oliveira, o senador Jonas Pinheiro, o prefeito anfitrião Otaviano Pivetta; o presidente da Famato, Zeca D’Ávila; o presidente do Sindicato Rural, Mário Bagini; e outras autoridades.

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Ouvi com atenção todos os pronunciamentos, mas o mais marcante foi o do agricultor Heitor Nicolette, da fazenda Entre Rios, que à época era um dos 11 remanescentes dos 203 assentados na Gleba Piúva, pelo Incra. O assentamento foi destinado a trabalhadores rurais sem terra oriundos da Encruzilhada Natalino, no município de Ronda Alta, no Rio Grande do Sul. Nicolette disse com convicção e sob aplausos que em breve Lucas seria exemplo de produção e produtividade agrícola para o mundo. Nicolette não tinha bola de cristal, mas acertou em cheio.

À época Lucas tinha 13.692 habitantes e sequer figurava entre os principais municípios produtores de grãos em Mato Grosso.

A foto é da empresária Maria Destri, de Lucas.