Boa Midia

Sete deputados investigados continuarão na Assembleia

A Assembleia
A Assembleia

Na última semana da legislatura estadual eleita em 2014, seus 24 deputados cumprem os quatro últimos dias de seus mandatos. No dia primeiro de fevereiro os eleitos em 2018 assumirão seus cargos. Mato Grosso reelegeu 10 deputados estaduais. Desse grupo,sete estão na mira da Justiça ou respondendo a ação, ou delação, ou inquérito, ou com bens bloqueados ou ainda condenação em primeira instância.  Somente três não figuram entre os que enfrentam problemas judiciais.

Foram reeleitos, Janaína Riva (MDB), com 51.546 votos; Nininho (PSD com 37.501), Max Russi (PSB com 35.042), Eduardo Botelho (DEM com 33.788), Guilherme Maluf (PSDB com 29.959), Dilmar Dal’Bosco(DEM com 28.827), Sebastião Rezende (PSC com 25.683), Valdir Barranco (PT com 21.970), Allan Kardec(PDT com 18.629) e Wilson Santos (PSDB com 14.855).

Rezende

Russi, Barranco e Allan Kardec não integram o grupo que está na mira da Justiça.

Russi foi vereador e duas vezes prefeito de Jaciara; foi secretário de Trabalho e Assistência Social, e chefe da Casa Civil em parte do governo Pedro Taques, em curso; também, em eleição bem anterior, disputou a Assembleia, sem sucesso..

Nininho
Nininho

Barranco foi prefeito de Nova Bandeirantes e chefiou o Incra em Mato Grosso; Barranco travou disputa judicial com o então deputado  Pery Taborelli  (PSC) e passou a ocupar uma cadeira em setembro de 2016.

Allan Kardec foi vereador por Cuiabá; assumiu a cadeira na Assembleia em dezembro de 2016, com a eleição do então deputado Emanuel Pinheiro (MDB) para prefeito de Cuiabá.

 

Os sete na mira da Justiça

 

Botelho
Botelho

Sebastião Rezende responde a duas acusações por suposto recebimento de mensalinho. O ex-governador Silval Barbosa o delatou ao Ministério Público Federal com homologação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. O ex-presidente da Assembleia, José Riva o acusou de receber mensalinho pago por ele; a acusação foi em depoimento à então juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e agora senadora eleita, Selma Rosane Arruda.

Dilmar
Dilmar

Sobre mensalinho, Nininho sofreu a mesma delação e acusação que atingem Sebastião Rezende. Ele, também é acusado juntamente com outros seis deputados estaduais de envolvimento num esquema que teria desviado mais de R$ 30 milhões do Detran. E no STF Nininho é investigado num inquérito que apura crime de peculato, com a utilização de notas fiscais frias; também são investigados nesse inquérito os deputados estaduais Eduardo Botelho, Wancley Carvalho (PV), Zeca Viana (PDT); o prefeito de Cuiabá e à época deputado estadual Emanuel Pinheiro (MDB); e o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), que no período também era deputado estadual.

Dilmar é um dos delatados por Silval no tocante ao suposto mensalinho.

Wilson Santos
Wilson Santos

Wilson Santos é um dos sete acusados pelo desvio superior a R$ 30 milhões no Detran.

Wilson Santos tem bens bloqueados por suspeita de improbidade administrativa quando prefeito de Cuiabá, período em que sua administração respondeu pelas obras do Rodoanel Norte com recursos do governo federal. A construção não avançou e o Rodoanel está paralisado. A sabedoria popular apelidou o Rodoanel de Roubanel. O bloqueio foi determinado pelo juiz federal em Cuiabá Fábio Henrique de Moraes Fiorenza e atinge outros quatro acusados e duas empresas; o montante bloqueado é até R$ 22,9 milhões.

Wilson Santos também foi relacionado pela Controladoria-Geral da União (CGU) entre os sanguessugas da Máfia das Ambulâncias, que ganhou as manchetes em 2006 e envolveu mais de 70 prefeitos mato-grossenses e boa parte da bancada federal de então.

O juiz Luis Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, suspendeu os direitos políticos de Wilson Santos por seis anos. Da decisão cabe recurso.

Na mesma sentença Bertolucci condena Wilson a devolver aos cofres da prefeitura de Cuiabá, R$ 6 milhões e ao pagamento de uma multa também de R$ 6 milhões, por improbidade administrativa enquanto prefeito da capital. Segundo o Ministério Público, o então prefeito firmou Termos Especiais de Parceria com empresas para utilização de rotatórias e canteiros para publicidade, mas o fez sem licitação. Nessa manobra, as empresas devolveriam determinados valores ou até mesmo bens ou serviços pela ‘generosidade’ de Wilson Santos.

Maluf é citado na delação de Silval e na denúncia de Riva, sobre suposto recebimento de mensalinho. No escândalo na Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc), que teria resultado num desvio milionário, um dos participantes,  Moisés Dias da Silva o assessorava na Assembleia e teria sido deslocado para a Seduc para atuar no esquema que foi desmantelado pela Operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). A suspeita levantada pelo Gaeco sobre Moisés Dias, pode ter contribuído para sua demissão da assessoria do deputado.

Botelho preside a Assembleia. É um dos sete acusados pelo desvio superior a R$ 30 milhões no Detran e um dos investigados no STF no inquérito que apura desvio de recursos da Assembleia por meio de notas frias.

Janaína
Janaína

Janaina é investigada pela Operação Lava Jato por suspeita de lavagem de dinheiro por meio de transações que envolveriam o empresário Valdir Piran e o lobista Lúcio Funaro. Janaína e seu irmão José Geraldo Riva  Júnior, são donos da empresa Floresta Viva Exportação de Madeira e Terraplanagem, que seria o pivô das investigações que a envolvem com Piran e Funaro. Segundo Janaína, quem administra a empresa é seu pai, o ex-deputado José Riva, condenados em várias sentenças em primeira instância a dezenas de anos de prisão por diversos crimes de improbidade administrativa.

Os sete negam todas as acusações.

Da Redação  – blogdoeduardogomes

FOTOS: Arquivo da Secretaria de Comunicação da Assembleia Legislativa

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies