Sem detalhes e tratando o assunto superficialmente, alguns sites mato-grossenses noticiaram ontem (15) que o Ministério Público Federal (MPF) instaurou mais de 70 inquéritos para investigar a aplicação de um montante superior a 200 milhões de reais em emendas Pix de parlamentares federais para 50 municípios em Mato Grosso. A ordem para o pente fino partiu do ministro Flávio Dino (STF). Após 24 horas da postagem, o blog que não joga conversa fora toca no assunto em meio ao silêncio sepulcral dos 50 prefeitos, dos três senadores e dos oito deputados da bancada federal.
Os textos citam que estão sob investigações as prefeituras de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Cáceres, São Félix do Araguaia, Jangada e outros municípios. As emendas possivelmente não foram liberadas neste ano, cujos balanços das prestações de contas ainda não foram concluídos. De 2021 a 2024 os municípios citados acima eram administrados por Emanuel Pinheiro, Kalil Baracat, Zé Carlos do Pátio, Roberto Dorner (foi reeleito), Eliene Liberato (foi reeleita), Janailza Taveira e Bruno Mena (foi reeleito).
O silêncio coletivo sobre as emendas não surpreende Mato Grosso, onde esse tema é tabu também na esfera estadual. Observo que ontem e hoje vi vários vídeos gravados por congressistas, todos pré-candidatos à reeleição e a outros cargos, mas nenhum menciona a palavra e-m-e-n-d-a.
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Assim é a classe política, sempre pronta a apontar o dedo sobre os males que a população condena (feminicídio, pedofilia etc.) mas sempre calada quando por dever e dignidade deveria vir à público informar para quais dos municípios investigados destinou emenda, o montante e para qual fim.
Reflitam sobre esse caso. Quando você se deparar com um vídeo de um senador ou deputado sorridente e apresentando solução para tudo, desconfie, porque ele está calado sobre as emendas.
PS – Faço uma ressalva sobre o senador José Lacerda (PSD), que acabou de assumir a cadeira de Carlos Fávaro (PSD), que até então era ocupada por Margareth Buzetti (PSD), que é a primeira suplente de Fávaro. Embora os nomes dos parlamentares não sejam citados está claro que José Lacerda não tem envolvimento com mais este escândalo sobre emendas em Mato Grosso.
Para mais esclarecimento em 2024 Mato Grosso foi representado no Senado por Carlos Fávaro, Margareth Buzetti, Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (União). A bancada na Câmara era composta por Emanuel Pinheiro (MDB), Juarez Costa (MDB), José Medeiros (PL), Coronel Fernanda (PL), Abílio Brunini (PL), Amália Barros/PL (morreu em 12 de maio sendo substituída por Nelson Barbudo (PL), Coronel Assis (União), Fábio Garcia (União) e Gisela Simona (União) que é suplente de Fábio Garcia.
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