Sem teto, Defensoria corre o pires por sedes nas comarcas
Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes
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Mato Grosso tem um importante braço social e seu nome é Defensoria Pública Estadual, que também é a prima pobre no recebimento de repasses do duodécimo aos órgãos, e mais: é também uma instituição sem teto. Sem usar nenhuma das definições acima, mas de modo contundente, o defensor público Rogério Borges deixou esta situação bem clara, ao participar da audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia, realizada nesta semana para discutir a proposta orçamentária para 2025. Borges, com o pires na mão, pediu ações e apoio dos parlamentares. O presidente da CCJ, Júlio Campos (União) mobilizará seus pares em socorro da Defensoria.
As ações pedidas por Borges são muitas, mas a principal é a destinação de 24 milhões para a Defensoria construir 16 núcleos nos municípios onde a instituição se faz presente, mas sem as mínimas condições. Cada núcleo custará 1,5 milhão e sua construção dependerá de doação de terreno para tanto, por parte da prefeitura ou do Estado.
Borges salientou que o funcionamento da Defensoria nas 16 comarcas para as quais pede a construção emergencial de núcleos, “é prejudicado”, e acrescentou que em Vila Rica, na divisa com o Pará, e em Cotriguaçu, na divisa com o Amazonas, “é ainda muito pior”.

É incrível um Estado tão rico com excesso de arrecadação, ter uma situação dessas. Lamentável.
Fábio Henrique – advogado – Cuiabá – via WhatsApp