RETROSPECTIVA 2020 – Riva, de VLT; Janaína, de BRT

“Convencida pelo governador democrata Mauro Mendes”. Nesta frase a deputada estadual Janaína Riva (MDB) encontra a justificativa para defender a causa da transformação da obra inacabada do VLT em BRT.
Esse posicionamento é de 23 de dezembro e ganhou espaço na mídia governista que não perde oportunidade de mostrar alguém vestindo a camisa de Mauro Mendes.
Pouco antes da Copa do Mundo de 2014 e não em função dela, Cuiabá e Várzea Grande receberam a informação de que o governo estadual criaria duas linhas de BRT (sigla em inglês de ônibus de transporte rápido) com 22 quilômetros, ligando o Aeroporto Marechal Rondon à Igreja do Rosário e São Benedito, e partir dali, em dois ramais, a região do Comando Geral da Polícia Militar e o bairro Coxipó da Ponte. Tudo ia bem, obrigado, até que José Riva, pai de Janaína e então mandachuva na Assembleia Legislativa bateu o pé dizendo que trocaria o BRT pelo VLT. Trocou.
Riva se tornou inelegível, foi preso várias vezes, cumpre pena de prisão domiciliar; é réu confesso por crimes de improbidade administrativa. Mesmo assim, Riva não saiu do cenário político: sua herdeira Janaína o representa.
Cuiabá tem o cuidado de se referir a Janaína sem associá-la ao pai. É como se a vida pública dela tivesse começado em 2014 sem nenhum vínculo familiar. Mesmo com essa cautela e a preocupação em não melindrar Mauro Mendes, que optou pelo BRT, vez ou outra algum texto desavisado mostra que a escolha da filha tromba com a vontade do pai.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Maurício Barbant – Site público da Assembleia Legislativa
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