Por uma nova ordem política, econômica e social

Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes
eduardogomes.ega@gmail.com

A sabedoria popular nos ensina pacientemente que não há solução social fora da democracia, mais especificamente: fora das urnas. E foram elas, as urnas, que no domingo, 6, nos mostraram em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis que Mato Grosso quer reencontrar-se politicamente com seu perfil econômico conservador, de direita. Não é preciso ser cientista político para entender que as vitórias de Flávia Moretti, em Várzea Grande, e de Claudio Ferreira, em Rondonópolis, e a esmagadora maioria de votos de Abílio Brunini sobre Lúdio Cabral (PT), no primeiro turno, em Cuiabá, foram mais que recados. Elas se traduziram num chamamento para 2026.

Somente um povo forte, sonhador e indignado seria capaz de fazer este chamamento, pois do outro lado estava – e continua uma estrutura poderosa, que luta por todos os meios por sua perpetuação no poder.

Com determinação, mas de modo prudente um a um os moradores das três maiores cidades mato-grossenses votaram contra o sistema dominante, contra as pesquisas maquiadas e contra a banda podre da Imprensa a serviço dos poderosos. Resultado: sem necessidade de mobilização estadual, na solidão da chamada cabine indevassável, o eleitor com sua arma cívica apontou aos líderes do segmento liderado pelo Partido Liberal que chegou a hora de parar a engrenagem dominante e redirecioná-la para o rumo certo.

Tenham certeza que não será uma tarefa difícil, porque à frente dos três municípios – creio numa vitória irretocável de Abílio – estarão figuras públicas capazes, motivadas e com respaldo popular.

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O alvorecer de 2026 é agora, ou seja, a partir de primeiro de janeiro de 2025. Que os líderes liberais não se deixem arrastar pelo radicalismo de uma ala inflamada do bolsonarismo. Para mudar não é preciso radicalizar, e neste contexto o papel mais destacado será o de Claudio, que administrará Rondonópolis, município de ebulição política, síntese do agronegócio e das forças conservadoras.

Claudio vem de berço evangélico, foi criado no batente do sol a sol das altas temperaturas rondonopolitanas. Tem boa índole e semeando exemplos na administração sacudirá Mato Grosso por uma nova ordem política.

A mudança começa pela base, mas tem que ser concluída no topo, que até recentemente era tido como inacessível, mas que as urnas de 6 de outubro demonstraram o contrário.

O grupo liberal tem boa densidade na bancada federal e na Assembleia Legislativa, e ganhará fôlego nas prefeituras e câmaras municipais. Dele precisa sair um nome para sacudir Mato Grosso e despertá-lo em busca do amanhã para sua gente a partir de seu pilar econômico, o agronegócio.

Rondonópolis sempre foi protagonista, mas nos últimos tempos a concentração de poder em Cuiabá tenta coloca-la em segundo plano, o que não pode acontecer. Claudio – creio – saberá compor com seus pares liberais e dos partidos com perfil para a composição de uma grande aliança. A força que as eleições nos abriram os olhos para ver, não permitirá retaliações por parte do Palácio Paiaguás e nos fará apontar um nome para ser massificado nos 142 municípios, visando 2026. Que nome seria este?
Em política não se tira coelho de cartola. O nome está entre nós e já chegou a ser cogitado para disputar o governo no passado. Creio que Claudio poderá conduzir um processo para a escolha de um candidato ao governo que tenha identificação ideológica com os liberais e que represente o perfil econômico mato-grossense.

Este nome é o de Odílio Balbinotti Filho. Sem prejuízo para a administração de Rondonópolis, Claudio terá que se desdobrar, com um olho nas suas funções de prefeito e outro na ampliação da força política do grupo liberal, pois espaço político existe é para ser ocupado.

Que Abílio vença o segundo turno em Cuiabá e bote fim ao ciclo dos escândalos que transformaram a prefeitura, nos últimos anos, em manchete das páginas policiais. Que Flávia Moretti com sua firmeza e a sensibilidade feminina transforme Várzea Grande. E que Claudio além de bom prefeito seja um grande estrategista por uma nova ordem política, econômica e social que precisamos, queremos e que Odílio Balbinotti Filho poderá implementar.