Por nepotismo prefeito Jefferson Cadeirante perde direitos políticos

Por nepotismo, Jeferson Ferreira Gomes, o Jefferson Cadeirante (DEM), prefeito de Comodoro, foi condenado por improbidade administrativa,  perdeu por três anos os direitos políticos, está proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais ou creditícios em igual período e terá que pagar uma multa igual a 10 vezes seu salário na prefeitura. A sentença, exarada neste mês, é do juiz Marcelo Sousa Melo Bento de Resende, numa ação movida pelo Ministério Público. Cabe recurso da decisão.

O Ministério Público também acionou seis servidores comissionados da prefeitura, que formariam o grupo do nepotismo. A defesa de Jefferson não falou com jornalistas, porém alega que nenhum dos nomeados tem parentesco com o prefeito, mas o juiz entende que todos são parentes de servidores o alto escalão da prefeitura.

O PREFEITO – Jefferson tem 41 anos, divorciado, tem uma casal de filhos e um neto: nasceu em Poconé, no Alto Pantanal. Foi locutor de carro de som, motorista de caminhão e na adolescência em sua terra natal foi lavador de carros e frentista de posto de combustível. Aos 13 anos mudou-se com a família para a vila de Padronal, município de Comodoro. O acidente  o deixa preso a uma cadeira de rodas e aconteceu na Serra Tapirapuã, em Tangará da Serra, quando tinha 21 anos. Foi o primeiro  e até agora único cadeirante eleito prefeito em Mato Grosso

O MUNICÍPIO –  Comodoro emancipou-se de Vila Bela da Santíssima Trindade em 1986. Tem 20.513 habitantes.

Fronteira com a Bolívia e divisa com Rondônia, o município tem 22.253,08 km² . Dessa área, 62% são terras indígenas habitadas pela etnia Nambikwara. Afluentes do rio Guaporé nascem no município, que conta com abundância de rios e igarapés, como o Margarida e o Piolho.

O município é o maior produtor de mel do Estado. Por ano, as estimativas de produção giram em torno de 35 mil toneladas. A rodovia BR-174 cruza a área urbana. A BR-364 encontra-se com a 174 nas imediações da cidade.

Da Redação com informações da Assessoria do Ministério Público

FOTO: Prefeitura de Comodoro em arquivo