Passando a limpo a balbúrdia agrária mato-grossense

Balbúrdia agrária é um bom nome para Mato Grosso. Senão vejamos no exemplo do projeto de assentamento ENA, no município de Feliz Natal, onde a parceleira, professora e vereadora Raquel Roll (Podemos) é parceleira.

A reunião ordinária que a Câmara Setorial Temática sobre a Agricultura Familiar da Assembleia Legislativa realizará na segunda-feira (2), às 10 horas, naquele legislativo, sob a presidência do suplente de senador e ex-deputado estadual José Lacerda, será palco para dissipar qualquer dúvida que alguém tenha sobre a afirmação da balbúrdia agrária. Uma das oradoras na reunião, Raquel falará sobre seu assentamento.

O assentamento ENA é um tapa na cara do Estado, da lógica administrativa, da racionalidade e da sensibilidade humana.

Vejamos:

O Incra comprou uma área em Feliz Natal e assentou mais de uma centena de famílias. Anos depois o mesmo Incra descobriu que o assentamento estava deslocado sobre uma gleba do governo de Mato Grosso, pertencente ao Instituto de Terras (Intermat).

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Se ao invés do inchaço nos órgãos públicos tivéssemos o mínimo de razoabilidade na esfera pública, as duas pontas do problema, ou seja, o Incra e o Intermat, resolveriam o caso num piscar de olhos. Simples, o gigante fundiário da União – que cria dificuldade para vender facilidade – transferiria o assentamento ao Intermat, sem levar o parceleiro a perder um dia sequer no seu calendário que é agrícola. Porém, isso não acontece. É preciso manter o gigantismo da máquina pública, os barnabés de luxo de arrotam os cargos que ocupam. Vivemos num país de corruptos, de barnabés petulantes, de boçais.

Vou presenciar a reunião. Quero ouvir os participantes falarem sobre a agricultura familiar, e de modo especial quer prestar atenção na fala da parceleira Raquel Roll, mulher de fibra, dedicada ao ensino, ao seu lote ora com insegurança jurídica e ao cumprimento de seu mandato que o povo de Feliz Natal em sábia decisão lhe conferiu nas urnas.