Boa Midia

Pandemia matou 3.789 mato-grossenses

A pandemia passará e a Igreja do Rosário e São Benedito continuará acolhendo todas as raças em Cuiabá

Com 3.789 mortes e 140.375 infectados pelo novo coronavírus. Essa a situação de Mato Grosso neste domingo, 25 de outubro. Nas últimas 24 horas a doença matou sete e foram notificados mais 131 casos. A taxa estadual de letalidade é de 2,67% e Cuiabá o epicentro.

 

Dos contaminados, 122.224 se recuperaram, 13.826 se encontram em isolamento domiciliar, 164 estão em leitos de enfermarias e 180 em unidades de terapia intensiva do Sistema Único de Saúde (SUS).

Cuiabá tem o maior número de mortos: 1.007 e em ordem decrescente Várzea Grande (474), Rondonópolis (329), Sinop (125), Cáceres (111), Sorriso (96), Tangará da Serra (72) e Lucas do Rio Verde (62). A taxa de letalidade estadual é de 2,67%.

Cuiabá registra 28.151 casos da doença. Em ordem decrescente: Rondonópolis (10.365), Várzea Grande (9.889), Sinop (6.909), Sorriso (6.211), Lucas do Rio Verde (5.851), Tangará da Serra (5.634), Primavera do Leste (4.819), Cáceres (3.438) e Campo Novo do Parecis (2.866).

NACIONAL – No país a doença matou 157.134 e contaminou 5.394,128. Nas últimas 24 horas 231 morreram e foram notificados mais 13.493 casos. Dos infectados 4.835.915 se recuperaram e 401.079 recebem algum tipo de atendimento médico ou hospitalar.

São Paulo é o estado mais atingido, com 38.747 mortes, e Roraima registra o menor número de óbitos: 691. No Centro-Oeste a doença matou 5.575 em Goiás, 3.789 em Mato Grosso, 3.633 no Distrito Federal e 1.553 em Mato Grosso do Sul.

FOTO DA CAPA – Um dos símbolos de Cuiabá é a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Construída por volta de 1730 numa elevação à margem esquerda do córrego da Prainha, onde Miguel Sutil descobriu o ouro que motivou a criação da cidade em 8 de abril de 1719.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito

Construída com a técnica da taipa de pilão, essa igreja é um dos marcos da típica arquitetura colonial brasileira e tem o interior barroco-rococó. Além de ser o mais antigo templo católico da capital, a Igreja de São Benedito (como é chamada na cidade) é ponto de atração turística e foi uma das roteiros da sede da Copa do Pantanal em 2014 em Mato Grosso.

Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1975, tombada pela Fundação Cultural de Mato Grosso em 1987 e incluída ao Perímetro do Centro Histórico de Cuiabá em 1993 a Igreja do Rosário e São Benedito passou por uma restauração que durou mais de dois anos e foi concluída em 2006. Essa obra custou R$ 1 milhão e foi bancada pela Monsanto, graças à intervenção do então secretário de Projetos Estratégicos de Mato Grosso, Clóves Vettorato, já falecido.

MONSANTO – Vettorato articulou junto a empresas, a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e o Banco do Brasil para que custeassem reformas e restaurações de igrejas e prédios públicos que abrigam museus e outros locais de visitação.

Na relação dos prédios que precisavam de recursos para reforma Vettorato incluiu a Igreja do Rosário e São Benedito e foi juntamente com representantes da Monsanto discutir o assunto com o padre Roque Pedro Follmann, que respondia pelo templo. O sacerdote demonstrou alegria ao saber que sua igreja seria reformada, mas botou os dois pés atrás. “Com dinheiro da Monsanto, a multinacional dos transgênicos?” questionou e antes que os visitantes dissessem algo, emendou, “Da Monsanto não quero nada, não!”. Vettorato reagiu com firmeza: “Da Monsanto o senhor não quer nada, mas enquanto esteve em liberdade o Comendador João Arcanjo teve banco exclusivo em sua igreja para assistir missas e doava dinheiro para sua igreja. Vamos passar essa conversa a limpo na imprensa!”, o desafiou.

O diálogo entre o padre e o secretário começou azedo, mas terminou em sorrisos, abraços e o desembolso de R$ 1 milhão pela Monsanto, o que permitiu deixar a Igreja do Rosário e São Benedito nos trinques.

BICHEIRO – Arcanjo foi bicheiro e dono de cassinos em Mato Grosso. O Comendador João Arcanjo Ribeiro foi preso no Uruguai em abril de 2003 e extraditado ao Brasil, onde foi condenado por uma série de crimes; agora cumpre pena em liberdade.

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS:

1 – Fablício Rodrigues – Site público do Governo de Mato Grosso

2- Beto Garavello

 

 

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