Mato Grosso a um passo de sua nova bancada no Congresso
Em primeiro de fevereiro toma posse a nova bancada mato-grossense no Congresso
Mato Grosso renova oito dos 11 congressistas da bancada federal e elege duas mulheres para o Congresso e duas suplentes no Senado. Remanescem em Brasília o senador republicano Wellington Fagundes; o deputado Carlos Bezerra (MDB); e o senador José Medeiros (Pode), que migra para a Câmara. O deputado Fábio Garcia (DEM) elegeu-se primeiro suplente do senador e seu correligionário Jayme Campos.
Deixam Brasília o senador Blairo Maggi (PP) e os deputados Ezequiel Fonseca (PP), Ságuas Moraes (PT), Nilson Leitão (PSDB), Adilton Sachetti (PRB), Valtenir Pereira (MDB) e Victorio Galli (PSL).
SENADO – Blairo exerceu o cargo de ministro da Agricultura até o final do governo Michel Temer e reassume sua cadeira no Senado, por um mês, até a posse dos senadores eleitos em outubro.
Medeiros troca o Senado pela Câmara.
Wellington disputou o governo e não venceu. Continua no Senado por mais quatro anos.
CÂMARA – Bezerra foi o único deputado reeleito. Valtenir, Galli e Ezequiel tentaram a reeleição, mas ficaram pelo caminho. Ságuas não disputou mandato. Fábio é suplente de senador. Adilton e Leitão foram derrotados na disputa ao Senado.
NOVATOS – Para o Senado foram eleitos Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos. Para a Câmara, Nelson Barbudo (PSL), Medeiros e Bezerra, Rosa Neide (PT), Leonardo Albuquerque (SD), Neri Geller (PP), Emanuelzinho (PTB) e Juarez Costa (MDB).
Entre os novatos somente Leonardo Albuquerque exerce mandato eletivo. É deputado estadual.
MULHERES – Com Selma Arruda e Rosa Neide a mulher mato-grossense volta a ocupar lugar na bancada federal, que também terá duas suplentes no Senado.
Selma Rosane Santos Arruda foi eleita senadora com 678.542 votos – em Mato Grosso a maior votação para o cargo. Selma elegeu em sua chapa a segunda suplente Clérie Fabiana Mendes, paulista, sua correligionária e servidora do Tribunal de Justiça. Seu primeiro suplente é Beto Possamai (PSL).
Estreante em política, até o começo deste ano Selma foi juíza do Tribunal de Justiça tendo se destacado na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, onde julgou e condenou parte da elite política mato-grossense por crimes de improbidade administrativa.
Selma é a segunda mulher mato-grossense que chega ao Senado. A primeira foi Serys Slhessarenko (PT), em 2002. Coincidentemente as duas são gaúchas
Também ao Senado chega a pecuarista Cândida dos Santos Farias (MDB), segunda suplente de Jayme Campos, que se elegeu com 490.699 votos.
Cândida é viúva de Wilmar Peres de Farias, que foi governador e exerceu outros cargos, inclusive o de prefeito de Barra do Garças, onde ela reside; Cândida é mãe do prefeito de Barra do Garças, Beto Farias (MDB).
A professora Rosa Neide Sandes de Almeida (PT) se elegeu deputada federal com 51.015 votos. Rosa Neide nasceu na Bahia. Foi secretária de Educação de Mato Grosso em parte do governo de Silval Barbosa (2010/14).
Única representante de Mato Grosso à Câmara, a professora Rosa Neide disputou e venceu sua primeira eleição.
Rosa Neide também é a única deputada federal eleita por Mato Grosso, que não tem parentes influentes na política. As anteriores pertencem a clãs políticos: Thelma Oliveira (PSDB), viúva de Dante de Oliveira; Celcita Pinheiro (DEM), viúva do senador Jonas Pinheiro; e Teté Bezerra (PMDB), mulher do deputado federal e ex-governador Carlos Bezerra. A suplente Thaís Barbosa (PMDB) ocupou uma cadeira; ela é mulher do ex-deputado José Amando Barbosa.
Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 e 2 – Agência Câmara
3 e 4 – Arquivo
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