Neurilan bota AMM a serviço da candidatura de Leitão

Enquanto cidadão Neurilan Fraga (PL) tem direito de apoiar o candidato ao Senado que melhor lhe convier, sem que ninguém possa impedi-lo. Exercendo a presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) não pode se manifestar sobre a eleição suplementar para senador, pois a entidade que dirige embora seja representativa de políticos municipais, é apolítica. Neurilan não observa essa regra ditada pela ética, moralidade e a seriedade, e se atraca ao candidato tucano Nilson Leitão, que luta para ocupar a cadeira da senadora cassada Selma Arruda.
Muito embora a Imprensa cuiabana dita convencional evite questões políticas que envolvam os donos do poder, é preciso que os canais alteranativos de Comunicação e as redes sociais denunciem situações iguais a essa de Neurilan, que é apresentado em sites ao lado de Leitão, na condição de dirigente da AMM e o apoiando ao Senado.
Entidade apolítica, a AMM é formada por 135 prefeitos de diversos partidos, e que na eleição suplementar ao Senado se dividem entre diferentes candidatos, de acordo com seus posicionamento políticos. Neurilan é executivo, sem mandato de prefeito, e dirige a entidade por injunções.
Ao lançar mão da relevância da presidência para se desmanchar por Leitão, Neurilan cria um fato muito grave, prepotente e inaceitável.
Neurilan chegou à presidência da AMM no final de 2014, pelas mãos do então mandachuva da Assembleia Legislativa, José Riva, para um mandato de dois anos. Em 2017 se reelegeu graças a uma composição de forças, para que, sem cargo em prefeitura (foi prefeito de Nortelândia) pudesse enfrentar o então governador Pedro Taques, sem risco de retaliação ao seu município – sua escolha foi consensual. Em 2018 Neurilan venceu a eleição, mas disputando o cargo. Recebeu 82 votos e o prefeito Sílvio Morais, o Silvinho (DEM), de Araguaianha, 30 – o clima entre os prefeitos não era mais de convergência.
No final do ano passado, lançado pré-candidato ao Senado pelo senador Wellington Fagundes (PL), Neurilan manteve seu nome até a noite da convenção partidária, em 12 de março deste 2020, quando seu partido o tirou da disputa que aconteceria em 26 de abril – adiada em razão da pandemia do coronavirus – e se coligou ao democrata Júlio Campos lhe oferendo uma suplência com Zé Márcio, que assessora Wellington.
Agora, como se não estivese à frente de mais de uma centena de prefeitos que se dividem apoiando diversos candidatos ao pleito suplementar ao Senado, Neurilan se apresenta enquanto apoiador de Leitão. Seu posicionamento tem que ser respeitado, mas pra tanto ele terá que se afastar do cargo. Não existe o Neurilan cidadão e o Neurilan presidente da AMM. Há somente um Neurilan e a vontade política dele não pode ser bancada por um polpudo salário pago pelo contribuinte nos municípios.
Chega de caciquismo. Mato Grosso precisa se evoluir em todos os sentidos. Que os prefeitos pensem nisso e exijam o afastamento de seu presidente sem legitimidade de mandato em prefeitura.
Eduardo Gomes – Editor de blogdoeduardogomes
FOTO: Agência AMM – Divulgação
Neurilam Presidente da AMM não pode manifestar politicamente para o Senado, mais o Governador Mauro Mendes que controla 35 bilhões de reais pode.? Vai merda Seu Site Boa Mídia…ok
Eduardo de Abreu
eduardoabreu@terra.com