Boa Midia

Na Barra prefeito Beto rompe antigo laço político com os Campos e apoia Euclides

Com sinal de positivo e se desmanchando Euclides recebe apoio de Beto

Uma eleição ao Senado diferente das demais em Mato Grosso, não somente por ser a primeira suplementar ao cargo, mas pelas costuras das alianças que criam cenários até então inimagináveis. Em Barra do Garças, o prefeito reeleito Beto Farias (MDB) faz campanha para o candidato a senador Euclides Ribeiro (Avante). Quem não é da Barra pode até achar natural esse apoio, mas quem é daquela que é a cidade mais importante do Vale do Araguaia dirá que se trata da ruptura entre Beto e os irmãos Campos, ou seja, o senador Jayme Campos e o candidato a primeiro suplente de senador Júlio Campos.

 

Os Campos tinham Beto na condição de um dos principais apoiadores da chapa ao Senado encabeçada pelo tucano Nilson Leitão e que tem Júlio Campos (DEM) na primeira suplência e Zé Márcio Guedes (PL) na segunda. Caíram do cavalo e essa queda os fez acender a luz amarela para a campanha de Leitão. Não é pra menos!

Não é pra menos, por algumas razões, com destaque para duas: primeiro – Beto é filho da pecuarista Cândida Farias (MDB), que é a segunda suplente do senador Jayme Campos. E segundo (mas essa ordem pode ser invertida pois não há prevalência na postagem) o prefeito da Barra é filho do ex-governador Wilmar Peres de Farias, que foi vice-governador de Júlio Campos, quando os dois formaram uma chapa e, em 1982 venceram a disputa pelo Palácio Paiaguás – Júlio renunciou para disputar e se eleger deputado federal em 1986, e Wilmar assumiu o governo. Wilmar não está mais entre nós desde 15 de março de 2006, quando fechou os olhos para sempre.

O prefeito do município que é o polo de prestação de serviços no Vale do Araguaia e tem 46.109 eleitores, ao invés de apoiar Leitão com seu suplente Júlio Campos, deixa de lado o velho laço que até então unia a sua à família dos Campos e sobe ao palanque de Euclides é algo que sinaliza sobre uma eleição diferente ao Senado, para preencher a vaga aberta com a cassação da chapa da senadora Selma Arruda (PODE) e seus suplentes Beto Possamai e Clerie Fabiana (ambos do PSL), por crimes de caixa 2 e abuso de poder econômico.

A cadeira que foi de Selma é ocupada bionicamente por Carlos Fávaro (PSD), que disputou a eleição de 2018 ao Senado, foi derrotado, mas ganhou o cargo por decisão monocrática do então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, para exercê-lo até a eleição do sucessor da senadora, em 15 de novembro.

PS – A suplente de senadora Cândida Faria por pertencer ao grupo de risco para o novo coronavírus está em isolamento domiciliar.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: blogdoeduardogomes

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