MULHER – Irmã Luiza e sua bela página no cristianismo

Em Rondonópolis ninguém pedia com tanta convicção quanto ela. Ninguém pedia com tanta razão quanto ela. Ninguém sabia tanto quanto ela porque estava pedindo. Ninguém recebia tanto ao pedir quanto ela. Afinal, Irmã Luiza cuidava e bem de mães e filhos retirados das ruas, de mães solteiras ou em risco, de doentes, de quem precisava da mão estendida do irmão.
Figura quase onipresente em empresas em Rondonópolis, Irmã Luiza rotineiramente visitava os empresários que a ajudavam na manutenção do “Recanto fraterno”, a casa que acolhe necessitados de amparo, remédios ou de um simples alojamento enquanto aguardam tratamento médico de parentes na cidade.
No centro da cidade Irmã Luiza caminhava pelas calçadas. Em sua bolsa levava balas de gengibre, que fazia para reforçar o orçamento do Recanto fraterno. Boa vendedora, não perdia a oportunidade do cumprimento, para oferecer esse produto artesanal.
Irmã Luiza nasceu em Pirajuí, interior paulista, e se chamava Luiza de Souza. Em 1950, na cidade de Lins (SP) optou pela vida religiosa. Entrou para a Congregação Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas). Seis anos depois, em Campo Grande (MS), fez a chamada profissão de fé passando a vestir o hábito religioso.
Os primeiros passos de Irmã Luiza na vida religiosa que abraçou foram na reserva Merure, em Barra do Garças, em 1956, com os bororos – e a partir de 1957, também com os xavantes, que foram removidos para aquela área – e ali permaneceu até 1962. Naquele ano foi transferida para a reserva Sangradouro/Volta Grande, perto de Merure, onde trabalhou até 1964.
Em 1964, Irmã Luiza trocou Sangradouro/Volta Grande pelo Colégio São Gonçalo, em Cuiabá. Em 1971 retornou para Sangradouro, onde permaneceu até 1984.
Em 1984, transferiu-se para o Instituto Pedagógico São Vicente, em Campo Grande (MS). No ano seguinte foi remanejada para o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, naquela cidade, e ali permaneceu até 1987, quando foi transferida para Rondonópolis.
Transferida de Rondonópolis em 2000, para Vale do Paraíso, em Rondônia, Irmã Luiza contraiu malária, mas ali permaneceu até maio de 2005, quando retornou para Rondonópolis. No ano seguinte trabalhou no Externato São José, em Poxoréu.
Eduardo Gomes de Andrade – blogdoeduardogomes – Com foto do mesmo em arquivo
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