MT – Estranhas distorções no número de eleitores
Rondonópolis com 232.491 habitantes tem 150.569 eleitores, ao passo que Várzea Grande com 284.971 residentes tem um eleitorado formado por 284.971 cidadãos. A distorção é grande. Os números do fechamento do mês de agosto, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são considerados exatos por refletirem os inscritos nas zonas eleitorais. O quantitativo populacional é estimativa anual feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pois o censo somente é realizado a cada 10 anos.
Não somente o comparativo de habitantes e eleitores em Rondonópolis e Várzea Grande chama a atenção. Em Mato Grosso há vários outros em municípios de todos os portes.

Araguainha, na divisa com Goiás, tem 935 habitantes e 982 eleitores. Ou seja, existem mais 47 votantes do que residentes. Essa anomalia naquele município acontece há alguns anos. A única versão até agora apresentada para o fato é do ex-prefeito Osmari Cézar de Avevedo. Osmari argumenta que boa parte da população trabalha em outras cidades, mas que não abre mão do domicílio eleitoral. “Quando o IBGE vem não vê aquela gente; mas quando chega a eleição todos votam“, sintetiza.
Ponte Branca, divisa com Goiás, tem 1.576 habitantes e 1.870 moradores. Porto Estrela, no polo de Barra do Bugres, tem 2.968 moradores e 3.018 habitantes.
Mato Grosso tem 3.484.466 habitantes e 2.115.965 eleitores, considerando o excedente na relação eleitor-habitante em Araguainha, Ponte Branca, Porto Estrela e outros municípios. Isso sem falar na distorção entre os números de Rondonópolis e Várzea Grande.
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