MT – Acidente em Peixoto mata 154

Às 20 horas do dia 29 de setembro de 2006 no município de Peixoto de Azevedo, um choque a 37 mil pés de altura entre um Boeing-737 da Gol Linhas Aéreas com um jato executivo Legacy 600 da companhia norte-americana Excel Aire matou os 154 ocupantes do primeiro avião, sendo que seis eram tripulantes. Os dois pilotos e os cinco passageiros do Legacy não se feriram e em razão do impacto sofrido pela aeronave seus pilotos Joseph Lepore e Jean Paul Paladino fizeram um pouso de emergência do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, mais conhecido como Base Aérea do Cachimbo, da Força Aérea Brasileira (FAB) no Pará.
FOTO: Agência Brasil
O avião da Gol voava de Manaus para o Rio de Janeiro com escala em Brasília. O Legacy seguia de São José dos Campos (SP) para Manaus onde faria uma escala para atendimento de exigência alfandegária e depois seguiria para os Estados Unidos, onde a Excel tem base operacional.
O inquérito que apurou as causas do acidente revela que o Legacy voava com o transponder – peça do sistema de detecção de outras aeronaves – desligado.
O jato executivo bateu na chamada barriga do avião da Gol e abriu um buraco em sua fuselagem, o que provocou sua desintegração estrutural e ele caiu na reserva indígena Capoto/Jarina. Quase uma década depois os dois pilotos foram condenados pelo juiz federal Murilo Mendes, de Sinop, a penas de três anos, um mês e 10 dias em regime aberto, por atentado contra a segurança do transporte aéreo e eles a cumprem nos Estados Unidos, onde residem.
FOTO: Arquivo
Prefeito assassinado

Luiz Cesar de Castro, o Luizão, prefeito democrata de Nova Canaã do Norte, foi assassinado na saída de um clube de laço em sua cidade, em 5 de agosto de 2011.
Luizão participava de uma festa no Clube do Laço, quando foi executado com cinco dos sete tiros disparados por um homem encapzado..
O crime aconteceu por volta de 22 horas, quando o prefeito se dirigia a sua camionete estacionada próximo ao Clube do Laço.
FOTO: Agência AMM
Ex-prefeito vítima de latrocínio

João do Carmo Cerqueira, 63 anos, filiado ao PMDB, vereador por MarceLândia, foi morto a facadas, em sua casa, na noite de 28 de julho de 2016. Cerqueira foi prefeito daquele município.
O réu confesso é Jhon Robson da Silva, então com 19 anos, que matou o político e fugiu levando R$ 400 reais que pertenciam à vítima – segundo a Polícia Civil se tratou de latrocínio premeditado.
O caso é complexo e teria a participação da mulher de Jhon, Fabiana Cristina Fenstehseifter, que mantinha relacionamento com Cerqueira há alguns anos, conforme suas declarações. Também participou do crime, Marcelo Cândido da Silva, que é primo de Jhon. Marcelo admitiu que em sua moto levou o parente à casa do político e o aguardou do lado de fora, mas que desconhecia o que ele pretendia na residência.
O corpo de Cerqueira foi velado na Câmara Municipal e a prefeitura decretou luto oficial por tês dias.
Deputado preso

O deputado federal Neri Geller (Progressistas) foi preso em 9 de novembro de 2018, quando era deputado federal eleito.
Quando da prisão Neri estava em Rondonópolis para participar de um evento do agro, quando a Polícia Federal lhe deu voz de prisão.
Neri permaneceu recolhido na Penitenciária Major PM Eldo de Sá Corrêa – Mata Grande – até o dia 12 daquele mês, quando o Superior Tribunal de Justiça lhe concedeu liberdade.
A prisão foi parte da Operação Capitu, da Polícia Federal, que investigava (continua investigando) corrupção no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nos anos de 2013 e 2014, após delação premiada do doleito Lúcio Funaro.
Na mesma Capitu foram presos outras figuras do Mapa e o empresário Joesley Batista (pra refrescar a memória associem Joesley ao JBS).
Segundo Funaro, Joesley pagava propina ao então ministro Antônio Andrade, e teria continuado a prática criminosa quando Nery o sucedeu no ministério. Neri nega e se defende na Justiça.
Neri nega as acusações. O deputado reside em Lucas do Rio Verde, onde foi vereador.
Dualidade do cacique Megaron
Considerado uma das maiores lideranças indígenas brasileiras, Megaron Txucarramãe, cacique em Capoto/Jarina e sobrinho do cacique Raoni é uma dualidade.
O Megaron que enfrenta o governo e empresários para defender seu povo e o rio Xingu é figura pública das mais conhecidas. Tem trânsito na cúpula da Funai, conta com as bênçãos de poderosas ONGs internacionais e tem cadeira cativa nas manchetes dos principais jornais brasileiros.
O outro Megaron, que bota em risco o meio ambiente, não é conhecido do povo brasileiro nem no exterior. Esse viajou ao Canadá para oferecer mogno – espécie protegida por lei – a uma empresa daquele país. Isso consta de seu depoimento prestado em maio de 2005 à CPI da Biopirataria na Câmara dos Deputados.
Megaron disse que agiu com autorização do Ministério de Meio Ambiente e do Ibama.
O depoimento de Megaron não convenceu o deputado Hamilton Casara (PL/RO), no tocante ao suposto sinal verde que ele teria da Funai e do Ibama. Casara presidiu a sessão que o ouviu e tentou encontrar a ponta da meada de uma nebulosa venda para canadenses de 66 mil m³ de mogno retirado de terras indígenas.
Réu confesso, Megaron não foi condenado. A Funai e o Ibama fingiram que não tomaram conhecimento de seu depoimento. O Ministério Público Federal imitando vampiro quando vê claridade, não mostrou sua face.
Capoto/Jarina é uma área de 634.915,22 hectares que se espalham pelo Nortão e o Vale do Araguaia.
FATALIDADE – O maior acidente rodoviário com vítimas indígenas em Mato Grosso aconteceu em 9 de abril de 2004 próximo a Nova Mutum. Uma van da empresa Executiva Tur que transportava um grupo de caiapós de Cuiabá para Colíder bateu de frente com um caminhão na BR-163. Morreram 10 índios e dentre eles Tedje Metuktire, 35, filho do cacique Raoni Metuktire, que vive no Nortão. O motorista Aparecido Jesus Saldotti, 43, que dirigia o caminhão, morreu no local.
Os índios vítimas do acidente regressavam de Brasília, onde participaram de um evento. Viajaram de avião até Cuiabá e cumpriam de carro o segundo trecho da viagem até Colíder, de onde partiriam para suas aldeias na Terra Indígena Capoto/Jarina, município de Peixoto de Azevedo..
FOTO: blogdoeduardogomes
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