Boa Midia

Mauro Savi: 60 dias na prisão por escândalo no Detran

Savi, dois meses na prisão
Savi, dois meses na prisão

Para o DEM, partido de Savi, sua candidatura à reeleição é “imprescindível”

 

Preso preventivamente desde 9 de maio, o deputado estadual mais votado em Mato Grosso (55.233 votos), Mauro Savi (DEM) completa 60 dias atrás das grades no Centro de Custódia de Cuiabá, nesse domingo (8). A prisão preventiva de Savi foi decretada pelo desembargador do Tribunal de Justiça, José Zuquim, a pedido do Ministério Público, que o acusa de liderar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 30 milhões do Detran. A defesa do parlamentar tenta por todos os meios libertá-lo e apresentou cinco pedidos de soltura, todos negados – o último, um habeas corpus, no começo deste mês, pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.

Com o recesso do Judiciário em julho, o caso Savi somente deverá voltar à tona em agosto, o que coloca em risco a possibilidade de sua candidatura à reeleição, como era comentado antes de sua prisão. O período das convenções se estende de 20 deste julho a 5 de agosto. No entanto, fonte ligada ao DEM garante que a participação do deputado no palanque enquanto candidato é considerada “imprescindível”. A mesma fonte acrescenta que se até o último dia para a realização da convenção o companheiro continuar atrás das grades, a alternativa será incluir entre os pedidos de registros de candidaturas um nome “para segurar vaga”, e esse seria substituído pela Executiva do partido – tão logo Savi deixe sua cela -, conforme asseguram as regras eleitorais.

A Assembleia faz das tripas coração para botar Savi em liberdade, mas não consegue. Em 5 de junho 23 deputados votaram um parecer da Comissão de Ética, favorável à sua soltura, mas tal decisão não mudou o curso da prisão; nenhum deputado votou pela manutenção de seu trancafiamento (final do texto). A Assembleia tem 24 cadeiras, mas a de Savi estava vazia no dia em que o parecer foi apreciado, porque a mesa diretora não convocou o suplente do preso.

A prisão de Savi aconteceu paralelamente a outras, dentre as quais as dos irmãos Paulo e Pedro Taques, primos do governador Pedro Taques, sendo que Paulo foi chefe da Casa Civil de seu governo e em duas ocasiões anteriores também foi parar atrás das grades por seu suposto envolvimento no criminoso escândalo de escutas clandestinas de telefonemas, que ganhou o nome popular de Grampolândia Pantaneira.

 

SETE – Savi é o único deputado preso pelo escândalo no Detran, que é investigado pelo Ministério Publico e a Delegacia Fazendária e que teve seu ponto mais ostensivo quando da deflagração da Operação Bereré que o levou para a cadeia juntamente com os Taques e outras figuras menores.

Além de Savi outros seis deputados são acusados de fazerem parte da mesma organização criminosa, mas todos estão em liberdade no curso das investigações. São eles: o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), Wilson Santos (PSDB),  Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), José Domingos e Nininho (ambos do PSD). Também fariam parte do esquema o ex-governado Silval Barbosa; o ex-deputado federal Pedro Henry; o ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, conhecido por Dóia; e o ex-chefe do Gabinete de Silval no governo, Sílvio Corrêa; empresários e nomes da arraia-miúda.

 

Como votaram os deputados

 

Sim:

Gilmar Fabris (PSD), Wagner Ramos (PSD), Leonardo Albuquerque (SD), Marcrean Santos (PRTB), Max Russi (PSB), Pedro Satélite (PSD), Saturnino Masson (PSDB), Wancley Carvalho (PV), Guilherme Maluf (PSDB), Oscar Bezerra (PV), Romoaldo Júnior, Silvano Amaral (MDB), Allan Kardec (PDT) e Janaína Riva (MDB).

Abstiveram-se:

Eduardo Botelho, Baiano Filho e Nininho (PSD),

Ausentes:

Sebastião Rezende (PSC), Wilson Santos, José Domingos, Zeca Viana (PDT), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e Valdir Barranco (PT)

 

Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes

FOTO: Arquivo/Assembleia Legislativa

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies