Mato Grosso boicota posse do presidente boliviano

O candidato do Movimento ao Socialismo (MAS) volta a colocar seu partido no poder após quase um ano do governo de Jeanine Áñez. Nenhum representante de Mato Grosso participou da solenidade.
O presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, tomou posse neste domingo (8), um ano após as Forças Armadas pedirem publicamente a renúncia do então presidente Evo Morales.
A posse começou às 7h00 da manhã (mesmo horário de Mato Grosso) “com uma ‘q’oa’ [ritual] e um oferenda à Pachamama, a cargo do Conselho Nacional de Amautas”, salientou o porta-voz da comissão de transição de mandato do governo eleito, Freddy Bobaryn, citado pelo La Razón.
Presenças destacadas
O evento conta com 240 convidados, que estão em La Paz desde este sábado (7). As delegações oficiais chegaram à Assembleia Legislativa Plurinacional às 9h00, enquanto os chefes de Estado o fizeram a partir das 9h30 (10h30.
Entre as personalidades destacadas presentes estão: o mandatário argentino, Alberto Fernández, seu homólogo paraguaio Mario Abdo Benítez; o presidente colombiano Iván Duque; o chefe de Estado iraniano, Hassan Rohani, o rei da Espanha, Felipe VI, e o vice-presidente espanhol, Pablo Iglesias.
Por sua parte, os Estados Unidos enviaram uma delegação que não inclui dirigentes de renome.
MATO GROSSO – A Bolívia faz fronteira com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. Nenhum desses estados enviou representante à posse.
A fronteira com Mato Grosso tem 983 quilômetros sendo 730 em solo firme, e se estende no sentido Sul-Norte por Poconé, Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e Comodoro.
Mato Grosso precisa do gás natural boliviano e de reforçar a segurança na fronteira em razão dos crimes transnacionais ligados às drogas, mas o governador Mauro Mendes e o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ambos democratas, teimam em permanecer de costas para o estratégico vizinho andino.
Tensão nas ruas
Enquanto nos dias anteriores houve alguns protestos da oposição denunciando uma suposta fraude eleitoral, como aconteceu em 2019, a polícia local colocou nas ruas 3.000 agentes uniformizados para garantir a segurança na cidade: “Eles já têm as tarefas estabelecidas, e será um dia de paz”, disse o vice-ministro da Segurança Pública, Wilson Santamaria, antes de deixar o cargo.
Redação blogdoeduardogomes com Sputnik News Brasil
FOTO: Sputnik
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